As obras de requalificação tiveram início em 2022, mas avançaram de forma mais lenta do que o planejado. Durante a execução, foram identificados problemas estruturais mais graves do que os previstos nos projetos originais, incluindo danos no sistema de protensão, decorrentes de falhas construtivas antigas, da década de 1970. A constatação levou à suspensão dos serviços e ao fechamento total da ponte por questões de segurança, exigindo a realização de novos estudos, ensaios técnicos e a elaboração de projetos complementares.
De acordo com informações da gestão municipal, a reabilitação estrutural exigiu mais de 30 testes e análises para definir a viabilidade da recuperação do equipamento. Somente após essa etapa as obras foram retomadas, em setembro do ano passado, com novo prazo de execução de 18 meses. O contrato para a intervenção foi firmado no valor de R$ 23,8 milhões, mas o montante executado ficou em R$ 21,4 milhões, conforme dados oficiais divulgados pela Prefeitura.
Com a reabertura, a Ponte Giratória volta a integrar o fluxo viário do Centro do Recife, impactando diretamente o trânsito nos bairros do Recife, Santo Antônio e São José. A circulação passa a contar com novas possibilidades de deslocamento. Veículos que trafegam pelo Cais de Santa Rita em direção ao Bairro do Recife podem seguir diretamente pela Ponte Giratória, acessando a Avenida Alfredo Lisboa, ou realizar conversão pela Avenida Martins de Barros para alcançar a Ponte Maurício de Nassau. Já motoristas que circulam pelo Cais da Alfândega ou pela Rua Madre de Deus podem utilizar a ponte para acesso às zonas Sul e Oeste da cidade.
Segundo a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), a reabertura amplia novamente a capacidade de circulação da área central, reduzindo desvios que vinham sendo utilizados durante o período de interdição. Agentes e orientadores de trânsito estão posicionados no entorno para auxiliar condutores e pedestres diante das mudanças no fluxo.
A Ponte Giratória possui 195 metros de extensão, distribuídos em cinco vãos, com tabuleiro único em seção tipo caixão, transversinas e altura variável nos apoios. A largura total é de 22 metros, com passeios para pedestres nos dois lados, duas faixas de rolamento e guarda-rodas. A intervenção incluiu reforço estrutural e a aplicação de protensão externa nas vigas longarinas, adequando o equipamento às normas técnicas atualmente em vigor.
A liberação da via ocorre em um período de grande movimentação no Centro do Recife, às vésperas das festas de fim de ano e com expectativa de aumento do fluxo durante o Carnaval de 2026. Com isso, a ponte volta a cumprir sua função histórica de ligação urbana, após um processo prolongado de obras e ajustes técnicos.
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