quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

GAYS SERÃO SEPARADOS EM PRESIDIOS PERNAMBUCANOS


Presídio do Recife vai separar homossexuais, informa Diário de Pernambuco


24/02/2010 - 10h55

Depois de denúncias de violência, o Presídio Aníbal Bruno, localizado em Recife, passou a contar com um espaço reservado para os homossexuais. As informações são do Diário de Pernambuco. Leia a seguir.

Presídio terá espaço para homossexuais

O Presídio Aníbal Bruno passou a contar ontem com um espaço reservado aos detentos homossexuais. A iniciativa é do promotor de Execuções Penais Marcelus Ugiette e foi tomada após denúncias da Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Olinda e Recife de que presos gays teriam tido a cabeça raspada.

A ação teria a participação de agentes penitenciários e um chaveiro (preso que controla os pavilhões). O promotor esteve na unidade prisional ontem e verificou que sete e não 16 presos, como constava na denúncia, estavam de cabelos cortados. Ele conversou com os detentos gays, que teriam dito que a mudança de visual partiu deles, como forma de se proteger de atitudes homofóbicas dos demais detentos. Entidades não governamentais desconfiam da versão.

"Eles disseram que estavam sofrendo pressão psicológica e humilhação por parte de alguns presos. Para evitar esses problemas, eles cortaram o cabelo, tiraram tiaras, brincos e roupas cor-de-rosa", disse o promotor. O local destinado agora ao público homossexual é uma antiga sala de computação com capacidade para cerca de 40 presos. O promotor afirmou que foi aplaudido quando propôs a criação desse espaço. Segundo o gerente do presídio, coronel Geraldo Severiano, ontem apenas cinco presos foram para a nova sala. O promotor quer que a ideia se expanda para outras unidades prisionais.

"Entre isso ser entendido como um ato preconceituoso e a defesa do interesse público, prefiro isso. Tem uma série de situações que ferem muito mais os direitos humanos", afirmou, complementando que irá formalizar a proposta. O Aníbal Bruno chegou a ter espaço parecido, uma casa cor-de-rosa que deixou de existir há cerca de um ano. O promotor disse, ainda, que se a ideia for aceita em mais presídios, os detentos gays sejam obrigados a ficar nesse espaço separado.

O coordenador do Centro de Referência de Combate à Homofobia de Pernambuco, Rhemo Guedes, defende que a medida emergencial é benéfica, mas acredita que isso não resolve o problema e discorda da obrigatoriedade. O superintendente de Segurança Penitenciária da Secretaria de Ressocialização, Isaac Wanderley, propõe hoje, o encerramento do caso ao secretário Humberto Vianna. Integrante da Pastoral, Renê Patriota, defende que os presos estão sendo coagidos e não acredita que eles tenham cortado os cabelos. O assessor especial para a diversidade sexual do governo, Rildo Veras, afirmou que desconfia que os presos tenham mentido por medo de represália. Ugiette disse que hoje abrirá sindicância para apurar outros problemas do presídio.

O Presídio Aníbal Bruno passou a contar ontem com um espaço reservado aos detentos homossexuais. A iniciativa é do promotor de Execuções Penais Marcelus Ugiette e foi tomada após denúncias da Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Olinda e Recife de que presos gays teriam tido a cabeça raspada.

A ação teria a participação de agentes penitenciários e um chaveiro (preso que controla os pavilhões). O promotor esteve na unidade prisional ontem e verificou que sete e não 16 presos, como constava na denúncia, estavam de cabelos cortados. Ele conversou com os detentos gays, que teriam dito que a mudança de visual partiu deles, como forma de se proteger de atitudes homofóbicas dos demais detentos. Entidades não governamentais desconfiam da versão.

"Eles disseram que estavam sofrendo pressão psicológica e humilhação por parte de alguns presos. Para evitar esses problemas, eles cortaram o cabelo, tiraram tiaras, brincos e roupas cor-de-rosa", disse o promotor. O local destinado agora ao público homossexual é uma antiga sala de computação com capacidade para cerca de 40 presos. O promotor afirmou que foi aplaudido quando propôs a criação desse espaço. Segundo o gerente do presídio, coronel Geraldo Severiano, ontem apenas cinco presos foram para a nova sala. O promotor quer que a ideia se expanda para outras unidades prisionais.

"Entre isso ser entendido como um ato preconceituoso e a defesa do interesse público, prefiro isso. Tem uma série de situações que ferem muito mais os direitos humanos", afirmou, complementando que irá formalizar a proposta. O Aníbal Bruno chegou a ter espaço parecido, uma casa cor-de-rosa que deixou de existir há cerca de um ano. O promotor disse, ainda, que se a ideia for aceita em mais presídios, os detentos gays sejam obrigados a ficar nesse espaço separado.

O coordenador do Centro de Referência de Combate à Homofobia de Pernambuco, Rhemo Guedes, defende que a medida emergencial é benéfica, mas acredita que isso não resolve o problema e discorda da obrigatoriedade. O superintendente de Segurança Penitenciária da Secretaria de Ressocialização, Isaac Wanderley, propõe hoje, o encerramento do caso ao secretário Humberto Vianna. Integrante da Pastoral, Renê Patriota, defende que os presos estão sendo coagidos e não acredita que eles tenham cortado os cabelos. O assessor especial para a diversidade sexual do governo, Rildo Veras, afirmou que desconfia que os presos tenham mentido por medo de represália. Ugiette disse que hoje abrirá sindicância para apurar outros problemas do presídio.


Fonte: Diário de Pernambuco

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