bruno bastos
Em Pesqueira, no Agreste, o fato de ter deixado a Quarta-Feira de Cinzas para trás também não significa muito para os que fazem parte do “Último Bloco”, que sai às ruas da cidade, todo domingo seguinte ao final do reinado de Momo. De acordo com o fundador do bloco, Maurício Gusmão, tudo começou como uma brincadeira entre os vizinhos da rua Paes Barreto, no centro da cidade.
“Há cinco anos, uma turma de amigos estava bebendo e tomando banho em uma bica. Saímos atrás de um carro com o som ligado e improvisamos um estandarte de papelão com o nome ‘O Último Bloco’. Esse nome veio de um dos participantes, que disse que não conhecia nenhum bloco que saísse depois do nosso. No primeiro ano foi assim, com apenas dez pessoas, mas hoje já virou tradição”, explicou Gusmão.
De lá para cá, os “retardatários da folia” só aumentaram. Bastante procurado pelas pessoas que ainda têm disposição e também por aqueles que não puderam brincar o Carnaval por causa do trabalho, o bloco arrastou mais de 100 foliões no ano passado. Para o próximo domingo, a expectativa do fundador da agremiação é ainda maior. “A cada ano que passa chega mais gente, mas o clima do bloco continua o mesmo: todo mundo se diverte entre amigos e familiares, na paz e com muita tranquilidade”, afirmou.
O desfile deste domingo começa com a concentração dos foliões na rua Paes Barreto, onde um caminhão-pipa vai agitar os foliões do final da manhã até o início da tarde. Pouco antes das 15h, o bloco sai pelas ruas do centro de Pesqueira ao som de uma orquestra de frevo. A festa só acaba à noite, despedindo-se da folia e já pensando na festa do ano seguinte. O organizador do bloco, inclusive, promete arrastar os foliões com um trio elétrico de pequeno porte em 2012.
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