domingo, 5 de junho de 2011

1 MILHÃO DE MISERAVEIS EM PERNAMBUCO

Pernambuco tem um milhão de miseráveis

Foto: Arnaldo Carvalho/JC Imagem
Levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base de dados de 2009, apontou a existência de um milhão de pernambucanos vivendo na pobreza extrema, com renda de até R$ 70 mensais. Grande parte concentrada na área urbana. Em 2001, Pernambuco contava com 1,8 milhão de miseráveis. O Ipea registrou uma queda de 43% da pobreza extrema, nesse período de oito anos. O diagnóstico constatou que 74% dos extremamente pobres são cobertos pelo programa de transferência de renda do governo federal Bolsa Família. Em 2004, apenas 54% recebiam o benefício. O trabalho, divulgado ontem, teve como base informações do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Seguindo a tendência nacional, a maior parte da população pernambucana que vive nessa situação é formada por crianças de 0 a 14 anos. Elas representam 39,7% do total. Em relação à cor ou raça, foi constatado que a maioria dos pernambucanos que vive em extrema pobreza no meio urbano é parda (61,3%).
O diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Jorge Abrahão de Castro, explicou que a escola é o caminho mais importante para tentar mudar o quadro de pobreza. "O Bolsa Família é importante para garantir a manutenção mínima das pessoas. Não há uma geração perdida. Essa faixa etária, de 0 a 14 anos, está na escola. Hoje, o acesso à educação é maior. É isso que faz o quadro mudar". Ele explicou que, entre os que ganham até R$ 70 mensais em Pernambuco, a média da renda é de R$ 38.

AÇÃO - Os dados foram apresentados um dia depois do anúncio do Plano Brasil sem Miséria do governo federal. O programa, um conjunto de ações para acabar com a pobreza extrema até 2014, tem dois eixos principais: a ampliação do número de beneficiários do Bolsa Família e o incentivo ao trabalhador agrícola

Fonte: Jornal do Comércio

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