sábado, 11 de junho de 2011

DEPUTADO ALAGOANO JOÃO LYRA O MAIS RICO DO BRASIL ACUSADO DE ESCRAVIDÃO

João Lyra, deputado mais rico do Brasil, é acusado de trabalho escravo


*Foto ilustrativa

Segundo informações prestadas à Justiça eleitoral, o deputado João Lyra (PTB-AL) é o mais rico entre todos os 594 parlamentares: sua fortuna é declarada em R$ 240,39 milhões.Lyra responde a uma acusação no Supremo Tribunal Federal (STF) - ele é réu num processo por trabalho escravo, acusado de ter submetido 53 trabalhadores a condições degradantes e jornada exaustiva em uma de suas usinas de cana-de-açúcar em Alagoas.

  O cenário encontrado na propriedade do deputado era de “violência contra a dignidade da pessoa humana", segundo os relatos feitos pelos auditores do trabalho. Um contraste com a imagem de empresa compromissada com a responsabilidade social, difundida pelo grupo em sua página na internet. Na apresentação de seus negócios, o Grupo João Lyra diz que reserva R$ 17,6 milhões todos os anos para investimentos com o seu “compromisso social”. O grupo gera 17 mil empregos diretos no Brasil, 12 mil deles diretos apenas em Alagoas. Em sua página na internet, o grupo se apresenta como um dos maiores empregadores do estado.

A precariedade das condições do local onde dormiam os 53 trabalhadores resgatados chamou a atenção dos fiscais. O alojamento estava muito sujo e exalava mau cheiro. No lugar de janelas, havia buracos de um metro acima das camas superiores dos beliches, feitos de cimento, de modo que quase nenhuma ventilação chegava aos trabalhadores. O ambiente abafado fazia com que muitos deixassem seus quartos, em plena madrugada, em busca de ar fresco.Em vez de colchões, os trabalhadores recebiam espumas envelhecidas, sujas e rasgadas, com espessura entre cinco e dez centímetros, sem condições para higienização e repouso, segundo o relatório do Grupo Móvel, principal peça de acusação. Não eram fornecidas roupas de cama nem travesseiros.

Também não eram oferecidas instalações sanitárias nem abrigos contra intempéries nas frentes de trabalho, de acordo com a denúncia. Para se protegerem das chuvas, os trabalhadores tinham de se refugiar sob pequenos toldos de lona plástica fixados em alguns dos ônibus, que mal podiam cobrir uma dezena de pessoas.


 O deputado João Lyra (PTB-AL) contesta a acusação de que praticou trabalho escravo, em nota por meio de sua assessoria. Ele rebate as duas denúncias, a de Alagoas, que lhe rendeu o processo no Supremo Tribunal Federal (STF), e a de Minas Gerais, objeto de um termo de ajustamento de conduta.

*Com informações: Congresso em Foco

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