sábado, 11 de junho de 2011

EXTRA -TESTEMUNHA DO CASO DA MORTE DE GIOVANNA EM ALAGOAS COMPLICA VERSÃO DO CASAL ENVOLVIDO


Testemunha compromete versão do casal; Toni teria ligado para Giovanna uma semana antes do crime



O relato de uma testemunha pode colocar à prova o depoimento do empresário Antônio de Pádua, dado à imprensa em coletiva essa semana. A estudante de fisioterapia Giovanna Tenório teria dito a uma pessoa que Toni ligou do telefone residencial do casal para seu celular, uma semana antes do crime.

De acordo com a testemunha, Giovanna ouviu do outro lado da linha uma voz feminina exaltada: “é essa rapariga de novo, é?”. Giovanna imaginou que essa voz poderia ser da esposa de Toni, Mirella Granconato.

Em depoimento ao jornal Gazeta de Alagoas, o advogado de defesa da família de Giovanna, Welton Roberto, afirmou que a jovem disse a uma amiga "que a ligação foi por volta da meia-noite, mas a pessoa não falou". A suspeita recai sobre Mirella porque Giovanna teria contado que ouviu uma mulher gritando para que o telefone fosse desligado.

Roberto diz que as mensagens confirmam que Mirela teria enviado um torpedo para a estudante no último dia 30 de setembro. “Em todos os textos ela demonstra ódio e um sentimento de vingança”, disse.

A defesa revelou o conteúdo de quatro mensagens que foram recebidas por Giovanna:

‘Ainda ta fazendo inferno? Você sabia onde tava se metendo, e mesmo assim você quis! Agora aguente, não tem nada no mundo que faça eu esquecer o que você me fez passar! Você não foi a primeira puta que ele teve! Mas vou fazer com que você tenha sido a última.”

“Você não vai sentir o mesmo que me fez sentir... mas vai pagar caro pelo que você nos fez passar! Nem tenha dúvida disso! E no final disso tudo quero lhe vê respeitando homens casados e quero que aprenda o valor de uma família a qual você tentou destruir!".

"Pare de mandar os outros ligarem pra ele porque ele não tá nem aí pra o que vai acontecer!Quem procura acha, e você me achou."

- Advogado confirma ao Alagoas em Tempo Real mensagens ameaçadoras enviadas por Mirella ao celular de Giovanna Tenório -

Novas informações começam a surgir no caso “Giovanna Tenório”. Um antigo celular, que estava guardado na casa da família, continha mensagens com fortes ameaças à vida da estudante e foi entregue à polícia para a perícia.

O advogado criminalista, Welton Roberto, que foi procurado para participar do processo como assistente de acusação, confirmou ao Alagoas em Tempo Real nesta sexta-feira a informação e disse que as mensagens foram enviadas do celular de Mirella Granconato, esposa de Antônio de Pádua, ao antigo telefone da estudante. Uma delas continha o seguinte texto: “você não é a única p... que ele teve. Vou fazer com que você seja a última”.

Disse que entrou no caso para auxiliar a família. 'Eu entrei para ajudar, ser um elo entre a família e a polícia na elucidação do caso", destaca. Ressaltou, porém, que o fato de as mensagens terem partido do celular de Mirella não significa que tenha sido a jovem a autora do crime. 'Essas mensagens serão analizadas pela polícia. Devemos aguardar o decorrer das investigações e o trabalho da polícia no caso", declara.

Roberto acredita na tese de crime passional, devido à forma com que Giovanna foi executada. A polícia deverá cumprir mandado de busca e apreensão ainda hoje, na residência dos pais de Giovanna, em um condomínio no bairro de Jaraguá, em Maceió, para buscar informações contidas no computador da vítima.

A estudante de fisioterapia Giovanna Tenório foi encontrada sem vida na última segunda-feira, 6, em um canavial entre os municípios de Messias e Rio Largo. O laudo do IML confirmou que a morte foi causada por sufocamento provocado por um fio de nylon e não foi vítima de violência sexual, segundo atestou o médico legista Luciano César Ataíde.

Na última quarta-feira, após celebração religiosa, o irmão da vítima confirmou que Giovanna vinha sofrendo ameaças, porém, não levantou suspeitos da morte da irmã. Disse não acreditar que a irmã tenha sido o pivô da separação e que Giovanna não sabia que Tony era casado.

O novo celular, e que era usado por Giovanna no dia do desaparecimento, até o momento não foi localizado.

O caso

O casal Mirella Granconato, 20, e Antônio de Pádua Bandeira, 21, foi apontado por uma amiga de Giovanna como suspeitos do crime, uma vez que dizem que a estudante vinha sofrendo ameaças de Mirella. Toni confirmou em entrevista à imprensa que teria mantido um relacionamento com Giovanna quando estava separado. Reiterou, porém, a inocência do casal, afirmando que não via a estudante há cerca de um mês, quando a levou em casa.

Colocaram-se à disposição da polícia e justiça para contribuir com a elucidação do caso, inclusive com a quebra de sigilo telefônico de ambos. O advogado do casal, Raimundo Palmeira, agilizou uma procuração encaminhada à delegacia de antidepressivos deixando disponíveis os sigilos telefônicos, de computadores, assim como os endereços do casal para ajudar nas investigações.

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