quinta-feira, 30 de junho de 2011

POLICIAS DE ALAGOAS E PERNAMBUCO EM AÇÃO CONJUNTA PARA PRENDER ASSASSINO DE CRIANÇAS


Policia intensifica buscas a acusado de matar crianças em Delmiro

Adroaldo é suspeito de matar a flha e o cunhado
Adroaldo é suspeito de matar a flha e o cunhado
Carlos Alberto Jr. – Repórter
SUCURSAL – A manhã de ontem começou movimentada para os policiais da delegacia de Delmiro Gouveia. Isso porque as buscas ao acusado de ter assassinado duas crianças no último domingo estão intensificadas. Após denúncias de que Adroaldo Félix da Silva Siqueira, de 27 anos, teria sido visto na cidade pernambucana de Inajá, guarnições da polícia alagoana uniram-se a de Pernambuco na tentativa de capturar o agricultor acusado de matar, com requintes de crueldade, a própria filha de três anos e o cunhado de sete.
Ainda na segunda-feira foram feitas diligências na cidade baiana de Paulo Afonso e também nas cidades de Petrolândia, São Bento do Una e Canhotinho, todas no vizinho Estado de Pernambuco. Segundo um agente informou à reportagem do O JORNAL na tarde de ontem, o delegado Manoel Wanderley, titular de Delmiro Gouveia, estava em nova diligência, acompanhando pistas dadas através de ligações anônimas. “Não sei para onde a guarnição foi, mas qualquer pista pode levar à prisão desse assassino”, frisou o agente.
Na segunda-feira, a Polícia Civil de Alagoas divulgou a foto do acusado e também dois números de telefones, 0800-284-9390 ou 3641.5368, para denúncias que possam ajudar na captura do suspeito.
EMOÇÃO – O enterro das crianças Yasmin Vieira Siqueira dos Santos, de três anos, e Gabriel Matias Alves, de sete, mortos a facadas dentro da residência da família, em Delmiro Gouveia, causou muita comoção pública em toda a região e reuniu centenas de pessoas no início da noite de segunda-feira, na cidade sertaneja.
O cortejo funeral foi acompanhado por familiares e moradores da cidade, que se solidarizaram com a dor e se diziam chocados com crueldade usada no crime. As crianças foram mortas no domingo, 26, com vários golpes de faca, na cozinha da residência da família, no bairro Eldourado, quando a mãe e irmã dos meninos, Maria Aparecida Santos, realizava provas de um concurso público.
DEFESA – Em depoimento informal ao delegado Manoel Wanderley, Maria Aparecida disse que o companheiro sofria de depressão, tendo até tentado suicídio em duas oportunidades. O agricultor foi medicado, mas teria interrompido o tratamento por iniciativa própria alegando que dava sono e acordava com tonturas, segundo relatou a esposa que é evangélica.
Aparecida explicou que, apesar do problema de depressão, Adroaldo sempre foi um bom marido e um bom pai. “Não tinha nada a reclamar dele. Era carinhoso e nos tratava muito bem. No São João ele deu R$ 100 para que comprássemos uma roupa para o meu irmão [Gabriel, também assassinado]. Não havia nenhum problema com ele, a não ser essa depressão. Ninguém esperava por isso”, alegou.
De acordo com vizinhos da família, o acusado do duplo e bárbaro assassinato teria, cerca de trinta minutos após a saída da esposa para realizar uma prova de concurso público municipal, aumentado muito o volume do som, fato incomum, segundo os relatos feitos à reportagem do O JORNAL na noite de segunda-feira, pelo telefone. No momento da fuga, por volta do meio-dia, ele saiu de casa tomado banho e levando uma pequena mala e um violão.

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