segunda-feira, 29 de agosto de 2011

ESTADO DESTRAVA O PÓLO FARMACOQUÍMICO DE GOIANA


FARMACOQUÍMICO Estado vai doar 32,2 hectares para as empresas, que representam investimento de R$ 153,3 mi e 1.133 empregos diretos
Jornal do Commercio
Menos de duas semanas após a Novartis anunciar a troca de Goiana por Jaboatão dos Guararapes, o Estado vai finalmente destravar o polo farmacoquímico e doar terras para as empresas começarem suas obras na Mata Norte. Um primeiro pacote foi enviado para a Assembleia Legislativa, cumprindo o rito legal e garantindo a doação de 32,2 hectares para cinco indústrias, um total de R$ 153,3 milhões em investimentos e 1.133 empregos diretos. Áreas para duas outras fábricas do polo seguirão à parte até o próximo dia 15, informa a Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper).
Logo quando a troca de endereço da Novartis foi anunciada, o prefeito de Jaboatão, Elias Gomes (PSDB), de oposição, cutucou o governo, dizendo que investiria na atração de empresas já anunciadas para o polo farmacoquímico.
A saída da suíça Novartis provocou constrangimento à equipe de gestão estadual, já que ela saiu alegando que Goiana não possuía de fato um cluster do setor, estrutura que poderia ser oferecida no Recife, pois a capital conta com universidade, centros de referência em saúde e um aeroporto, fundamental para a atividade. A Novartis investirá US$ 300 milhões em Jaboatão.
O Estado, na ocasião, se pronunciou através de nota oficial, justificando a mudança como uma decisão técnica da empresa e assegurando a manutenção do polo na Mata Norte.
Esta semana, depois de muita espera, o Estado enviou um projeto de lei à Assembleia em que solicita a aprovação dos parlamentares à doação de áreas a cinco indústrias. Esse é um procedimento burocrático, mas obrigatório.
A Riff Laboratórios Farmacêuticos investirá R$ 83,5 milhões e abrirá 228 empregos na produção de soro. A Vita Derm Farmácia de Manipulação terá uma fábrica de R$ 28 milhões e contará com 350 funcionários. O investimento da AC Diagnósticos Indústria e Comércio, fabricará kits diagnósticos – custará R$ 13,5 milhões e empregará 270 pessoas. Nas áreas de cosméticos vêm a Imbesa Indústria de Beleza, de R$ 6 milhões e com 105 empregos, e a Cosméticos Indústria e Comércio, com R$ 20 milhões e 180 postos de trabalho.
Segundo a AD Diper, até o próximo dia 15 deve ser enviado à Assembleia um novo projeto de lei para doar terrenos à Multilab, terceira maior fábrica do polo, de R$ 200 milhões e 1.000 empregos diretos, e a Ion Química, de R$ 18 milhões e 25 postos de trabalho.
Até agora, só a estatal Empresa Brasileira de Hemoderivados (Hemobrás), um investimento de R$ 670 milhões, está em obras no polo de Goiana.

Nenhum comentário: