sábado, 13 de agosto de 2011

FIAT APOSTOU EM EDUARDO E GANHOU


Fiat apostou todas as suas fichas em Eduardo e levou



Embora seja um investimento privado, a Fiat contava com a obtenção de incentivos fiscais, que dependiam de aval da Fazenda e assinatura presidencial.

No caso, os executivos da empresa italiana apostaram suas fichas na capacidade de articulação do governador Eduardo Campos, que havia sido ex-vice-lider do governo Lula e que também contava com bom relacionamento no Congresso Nacional. O acesso a Lula serviu para pedir o apoio para o projeto de extensão dos incentivos fiscais. Já a experiência com o Legislativo foi útil para fazer andar a MP no Congresso Nacional, sem polêmica nem solavancos.
Com a eleição presidencial indo para o segundo turno, depois do susto que Dilma passou no primeiro turno, a avaliação, naquela época, era de que o espaço para construir a solução ficou menor. A MP acabou saindo no dia 28 de novembro daquele ano. E só se spube dela publicamente quando o próprio governo do Estado fez o anúncio oficial da atração do empreendimento.

O desafio agora é botar para moer, costuma dizer o governador.
No governo do Estado, a conta que se faz agora é otimista ao extremo. Com todos os projetos, Fiat incluída, o PIB do Estado de 2020 será o dobro do PIB de 2006, segundo as projeções oficiais. No ano que vem, a refinaria de Suape já estará operando e a transnordestina também chegará a Suape, antes mesmo do que o Ceará, que enfrentou problemas com desapropriações.
Terreno

Apesar da certeza de que a Fiat viria, o governador Eduardo Campos sempre teve em conta que, se Betin tivesse pelo menos mais 300 hectares de terreno disponível, a unidade local poderia ser adiada. O problema é que lá não cabe mais nada. A localização em Suape acabou sendo preterida em função da falta de integração entre as unidades do projeto. A empresa começou a analisar a opção Goiana no dia em que um grupo de consultores e economistas anunciou u
m plano de exploração na Mata Norte.

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