quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Agência mantém avaliação de riscos do Brasil apesar da crise

Foto: DivulgaçãoA agência de classificação de risco Fitch exibiu nesta terça-feira uma avaliação que reitera a classificação do Brasil, mesmo com a crise financeira que afeta todo o mundo globalizado. O país segue com uma nota de risco (rating) "BBB", e segue com a perspectiva de estabilidade.

Segundo a agência, a segurança na nota do país é fruto de um sistema bancário saudável. Para a Fitch, o Brasil conta ainda com uma forte base de liquidez externa, com reservas internacionais de  US$ 350,6 bilhões. A agência afirmou ainda que existe uma sustentabilidade derivada do status de credor externo líquido obtido pelo Brasil.

Em abril de 2011, a nota do país foi contemplada, passando de "BBB-" para  "BBB", o que indica uma posição mediana para investimentos. A medida do rating de cada país é aplicada exatamente aí. Quanto maior sua classificação, mais atrativo é o investimento financeiro externo.

Ainda assim, a agência fez uma advertência para a queda de ritmo da economia brasileira em 2011. O motivo seria um aperto nas políticas monetária e fiscal. Especulasse que o quadro continue enfraquecido em 2012 impulsionado pela instabilidade internacional. Ainda assim, a Fitch afirmou que o Brasil tem boas perspectivas  de crescimento econômico.

Com as complicações monetárias e medidas de macroprudenciais introduzidas pelo Banco Central (BC), o crescimento do crédito nacional passou por uma desaceleração, como ressaltou a agência. Em paralelo, ainda existem pressões inflacionárias e o Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve terminar 2011 com mais de 2%  a cima da da meta (4,5%).

Apesar disso, o movimento do BC de redução na taxa básica de juros, Selic, nas últimas duas reuniões do Copom, visa prevenir os impactos  da crise financeira internacional no Brasil, indo contra a inflação que aparece relativamente elevada.

A Fitch demonstrou acreditar que o BC tem condições para tomar as medidas necessárias para controlar a dinâmica inflacionária. O atual positivismo da agência em relação à economia brasileira se intensifica na medida em que, mesmo com a solidificação do regime de metas de inflação, a Fitch acredita que a melhora na dinâmica dos preços pode ajudar a manutenção da estabilidade econômica e credibilidade do regime monetário.

Entenda a avaliação de riscos

A avaliação de risco de investimento é um sistema de nota desenvolvido por agências especializadas com o objetivo de prevenir investidores de todo o mundo sobre os perigos do mercado, auxiliando na escolha do investimento e aplicação de dinheiro.

De acordo com a nota de risco (rating) atribuída a um país, os investidores podem avaliar as chances de lucrar ou perder capital de acordo com a instabilidade financeira. Os ratings de crédito indicam ainda a probabilidade de que esse capital aplicado retorne ao investidor.

Os países buscam grandes níveis de estabilidade para atrair os investidores de países fortes que, por apenas investem em ativos de baixo risco. Esses investimentos fortalecem a economia interna.
A classificação da Fitch tem 23 categorias. A principal, "AAA", atribuída a países como Estados Unidos, Alemanha e Suíça. Países classificados abaixo da categoria "BBB-" são considerados de "grau especulativo". A mais baixa é "A D", que não é atribuída a nenhum país atualmente.

O rating brasileiro,"BBB", indica que há baixa expectativa de risco de crédito de acordo com os parâmetros da agência. Neste caso a capacidade de retorno aos compromissos financeiros é tida como "adequada".

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