quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Fernando Bezerra: um player de peso


Fernando Bezerra: um player de peso
As entrevistas dadas por Fernando Bezerra Coelho não deixam muitas dúvidas: o PSB se coloca definitivamente no jogo sucessório para a Prefeitura do Recife, e coloca o Ministro Fernando Bezerra Coelho, seu principal quadro no Estado, depois do Governador Eduardo Campos.
Eu não nego que minha má vontade com FBC foi grande durante um tempo, em virtude de seu fracasso como presidente do Santa Cruz. Mas deixando o futebol de lado, não resta dúvidas que sua entrada na disputa qualifica muito o debate.
Ao contrário do péssimo João da Costa, FBC tem bom discurso, à semelhança de Raul Henry e Raul Jungmann, e tem o punch necessário para desestabilizar o petista. Além disso, carega o peso político do apoio do Governador Eduardo Campos. Fernando Bezerra possui algo que nenhum petista do Estado (à exceção do escanteado Maurício Rands) parece ter: visão política de gestão. Além disso, tem larga experiência administrativa, tendo sido Prefeito de Petrolina por duas vezes, Secretário de Estado por duas vezes e atualmente é Ministro de Estado.
O que não fica muito claro é como o eleitorado avaliará um quadro da própria Frente Popular sem o apoio da atual gestão. Seria uma experiência nova, difícil ainda de avaliar.
Em outras palavras fica a pergunta: diante da péssima gestão de João da Costa, os insatisfeitos iriam preferir um oponente real, como Raul Henry, ou um oponente de dentro da aliança, como Fernando Bezerra Coelho?
Até hoje os governadores não somaram muito a seus candidatos à Prefeitura do Recife. Basta ver o exemplo de 1996, quando Miguel Arraes era candidato, apoiando Roberto Freire, então Senador prestigiado, tendo Fernando Lyra de vice.
Mesmo com a máquina estadual e os arraesistas unidos apoiando o candidato do PPS, o resultado foi ridículo. Freire disputou o último lugar com o candidato do PSTU, Joaquim Magalhães. Ficou atrás de Roberto Magalhães, João Braga e João Paulo. Em 2000 Jarbas também não emplacou Roberto Magalhães, e ostentava índices de popularidade elevados, como Eduardo neste momento.
Esta campanha aparenta ser imprevisível.
O certo é que o PSB dá uma cartada com muita força. E só o fato de aparecer alguém se dispondo a tirar João da Costa de lá, no mínimo merece a simpatia.
Acerto de Contas

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