Por culpa da Lei Orgânica dos Partidos, que exige do interessado em disputar mandato eletivo que esteja filiado a alguma agremiação partidária até um ano antes da data do pleito, o debate eleitoral já está instalado no Brasil a um ano da eleição municipal. Para quem está no poder é péssimo porque as questões administrativas são deixadas em segundo plano. E para quem está na oposição também não é bom negócio porque o nome fica exposto ao sol e ao sereno durante longos 12 meses.
Como diz o deputado Sílvio Costa, filiação com um ano antes e “domicílio eleitoral” são coisas da ditadura, que em nada contribuem para o aperfeiçoamento da democracia. Em geral, o candidato a candidato nunca deixa para fazer opção por um partido no último dia do prazo. Faz a escolha com 13 ou 14 meses de antecedência, o que torna a campanha mais longa ainda. Isso não é uma característica só de Pernambuco, mas do país inteiro, embora o debate eleitoral aqui esteja bastante acelerado.
Um líder que detiver o controle do processo como Eduardo Campos detinha na sua campanha à reeleição, consegue retardar o debate político. Para quem não lembra, o governador só anunciou seu vice e os dois candidatos ao Senado a 30 dias da realização das convenções. No caso da prefeitura do Recife, por exemplo, falta um líder no PT para substituir a agenda eleitoral pela agenda administrativa. O prefeito João da Costa até que tem tentado, mas os outros membros da cúpula não ajudam.
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