O prefeito parece isolado na Frente. Não conta sequer, integralmente, com o apoio do PT, porque a ala liderada pelo deputado João Paulo não apóia a sua reeleição e aposta numa reviravolta, via executiva nacional do PT, Dilma e Lula, para que o projeto do prefeito não se viabilize. Com isso, ele (João Paulo) voltaria a sonhar com a possibilidade de disputar, novamente, a Prefeitura.
A divisão interna no PT é acompanhada de longe pelo governador Eduardo Campos. Responsável pela transferência do domicílio eleitoral do ministro Fernando Bezerra (Integração) para o Recife, o socialista dá sinais de que não brigará com o PT, mas ao mesmo tempo não faz nenhum tipo de esforço nem em prol da reeleição de João da Costa, o que seria natural, nem tampouco na direção de outro quadro do PT ou até mesmo FBC.
O que se ouve no Palácio é que o governador, no caso de João da Costa se inviabilizar, estimularia a candidatura do senador Humberto Costa. Quanto ao nome de João Paulo, provavelmente tende a ficar contra. Não deseja criar uma cobra em seu quintal. Em última hipótese jogaria o deputado Maurício Rands, mas este perdeu a confiança do PT, porque ser um eduardista de carteirinha.
O nó petista só deve ser desatado após o Carnaval. Mas, o prefeito não tem apenas problemas no PT. Na Frente Popular, há resistências igualmente à sua reeleição no PTB, do senador Armando Monteiro Neto, e no PP, do deputado Eduardo da Fonte, sem contar com as legendas nanicas, como o PSC, que já lançou a pré-candidatura do deputado Carlos Eduardo Cadoca.
No outro da mesa, o chamado bloco de oposição, há também uma divisão que parece irreversível. Já está em campanha Mendonça Filho, pelo DEM, que aparece melhor situado nas pesquisas; o pós-comunista Raul Jungmann; o tucano Daniel Coelho; e, por fim, o deputado Raul Henry, do PMDB.
A tendência é que dos quatro pré-candidatos apenas o peemedebista Raul Henry jogue o boné, mas difícil será saber quem apoiará, porque Jarbas está rompido com o senador Sérgio Guerra e este também cortou relações com o próprio Henry. Só restaria ao PMDB se aliar a Jungmann ou a Mendonça.
Jarbas já defendeu a tese de que as oposições marchem com pelo menos dois candidatos, o que, no seu entender, aumentaria as chances de ocorrer um segundo turno contra o candidato da situação.
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