A empresa Foxconn ganhou o direito de fabricar tablets em território nacional. A decisão foi publicada nesta quarta-feira pelos Ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Fazenda, Comércio Exterior e da Ciência, Tecnologia e Inovação no Diário Oficial da União. A Portaria Interministerial número 34, de 23 de janeiro, foi assinada por Fernando Pimentel, Ministro do Desenvolvimento,Guido Mantega, da Fazenda, e Aloízio Mercadante, novo ministro da Educação e antigo responsável pelo MCTI.
Segundo o texto publicado, a Foxconn, que fica instalada em Jundiaí, interior de São Paulo, está liberada para fabricar o modelo de "microcomputador portátil, sem teclado, com tela sensível ao toque ('touch screen'), de peso inferior a 750g". Ou seja, a partir de agora a empresa poderá fabricar diversos tablets além do iPad, da Apple, que já têm domínio sobre parte da produção da companhia taiwanesa.
Além disso, o texto aponta benefícios fiscais para a Foxconn, influenciando a produção dos tablets com custo menor, o que pode ser refletido nos preços. A empresa poderá fabricar o novo produto com isenção ou redução de impostos caso respeite o Processo Produtivo Básico (PPB), que estipula uma diminuição do IPI de 15% para 3% e acaba com a cobrança de tributos destinados ao pagamento do seguro-desemprego, por exemplo.
Essa facilidade faz jus à Lei da Informática, sancionada pela presidente Dilma Rousseff em 11 de outubro, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) no dia 13 de outubro. A Inclusão dos tablets no grupo privilegiado foi feita em maio, logo após os membros do governo anunciarem que a Foxconn pretendia fabricar os produtos da Apple no país.
Lucros da Apple passam pelo Brasileiros
O Brasil é o segundo maior foco de investimentos futuros da Apple, ficando atrás apenas da China, segundo afirmou nesta terça-feira o executivo-chefe da empresa, Tim Cook, durante a apresentação dos resultados financeiros da empresa no último trimestre de 2011.
Ainda assim, ele afirmou que não tem previsão para instalação de lojas físicas da Apple no país e curto prazo. Segundo ele, a empresa deve seguir comercializando os produtos no Brasil pela sua loja virtual, revendedoras autorizadas e operadoras de telefonia celular.
Cook explicou que, mesmo estando forte em todos os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China), eles passam por um foco muito maior no mercado chinês. " Isso não significa que haja uma falta de esforço ou foco nos outros", afirmou.
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