Os Policiais Militares que estão em greve na Bahia decidiram durante a manhã desta quinta-feira que vão continuar com a paralisação. Com isso, o movimento chega ao seu décimo dia. A decisão foi tomada durante uma reunião que ocorreu na sede do Sindicato dos Bancários, no centro de Salvador, que seria o destino dos PMs após deixarem a Assembleia Legislativa da Bahia, àrea que ocupam desde o primeiro dia da greve, em 31 de janeiro.
Cerca de 400 policiais participaram da assembleia no sindicato. A imprensa foi impedida de entrar na reunião, que ocorreu novamente a portas fechadas. Ao fim do encontro, ficou decidido que a greve apenas terá fim quando o governo aceitar que sejam revogados os 12 mandados de prisão emitidos pela juíza Janete Fadul contra os líderes do movimento além de aceitar pagar a Gratificação de Atividade Policial (GAP) de nível 4 em março. O principal impasse nas negociações está nos processos emitidos aos PMs declarados infratores.
Até o momento, cinco mandatos de prisão foram cumpridos, entre eles um direcionado ao presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), Marco Prisco, preso na manhã desta quinta-feira. O SRZD tentou entrar em contado com Prisco na tarde de quarta-feira mas não houve retorno.
Segundo o governo baiano, não há condições de iniciar o pagamento da GAP 4 em março por causa da lei de responsabilidade fiscal. Segundo eles a medida poderia ser feita novembro. De acordo com as lideranças do sindicato da PM, a decisão de manter a paralisação acontece de acordo com as assembleias de outras grandes cidades do estado, como Vitória da Conquista, Feira de Santana, Barreiras e Itabuna.
Cerca de 10 mil policiais em um contingente de 32 mil homens já aderiram ao movimento. Desde o dia 31 de janeiro, o número de homicídios da região dobrou em comparação ao mesmo período de 2010. A falta de policiamento também motivou saques e furtos pelas ruas de todo o estado. O medo pela violência também fez com que diversos shows e programas fossem cancelados. No fim da tarde, a associação de oficiais da PM no Estado realizará assembleia para decidir se a categoria também adere à paralisação.
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