Durante o depoimento da perita criminal Dairse Aparecida Pereira Lopes, a advogada de defesa de Lindemberg Alves, Ana Lúcia Assad, discutiu com a Juíza Milena Dias na tarde desta terça-feira.
A advogada reclamou de um ponto técnico apresentado durante o depoimento, ela afirmou que havia um número errado no processo. No momento a juíza ressaltou que não cabia à defesa fazer tal indagação no momento. Indignada, Assad disse que queria apenas a "verdade". Mesmo assim, a juíza afirmou que ela poderia fazer o questionamento nos debates e que esse não era o "conceito".
Mais indignada ainda, a advogada disse que a juíza precisava "voltar a estudar". Em defesa da juíza, a promotora Daniela Hashimoto disse para Assad "tomar cuidado" e que poderia ser processado por estar desacatando uma autoridade. No entando a juíza determinou que o julgamento proseguisse.
Antes da perita, os jornalistas Rodrigo Hidalgo e Márcio Campos foram ouvidos pelo júri. Quando questionados sobre a influência da imprensa durante o desfecho do sequestro, os dois afirmaram que em nenhum momento os jornalistas fizeram qualquer tipo de provocação e nem incitam o jovem a cometer um crime violento.
Ainda segundo os jornalistas, a imprensa foi pega de surpresa com a invasão ao apartamento pois a polícia havia convocado uma entrevista coletiva no horário.
O julgamento de Lindemberg, acusado de matar Eloá em Santo André, no ABC Paulista, em 2008, foi retomado às 14h desta terça, no Fórumo de Santo André, após o intervalo para almoço.
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