O presidente em exercício da Compesa, Décio Padilha, esclareceu, em entrevista nesta quarta-feira (8) algumas dúvidas sobre a Parceria Público-Privada (PPP) para a ampliação do esgotamento sanitário na Região Metropolitana do Recife, sobretudo no que implica na privatização da empresa e de possíveis demissões dos funcionários. “Hoje a Compesa é 100% do Estado. Antes da nossa gestão (2006), houve uma tentativa de privatização e o desfecho foi a Caixa Econômica ficar com 30% da Compesa. A PPP não tem nada a ver com privatização, aumento de tarifa ou demissão em massa”, afirmou Padilha.
“Os funcionários que trabalham em esgoto, hoje, serão reaproveitados para trabalhar na água e não terão prejuízos em seus empregos. Falo isso em nome do nosso presidente e do governador”, reforçou Décio Padilha. De acordo com ele, a PPP é apenas uma forma diferente de contratação de serviços e execução de obras. “Hoje quem troca a tubulação estourada da Compesa é uma terceirizada, contratada através de licitação. Pela PPP, a empresa que vencer a licitação vai receber de acordo com o indicador de desempenho e não por serviço prestado”, disse.
“Cada vez que a empresa coleta, trata o esgoto e faz ligações, receberá pelo resultado dos serviços executados de acordo com as metas e indicadores mensais. Na minha opinião, a PPP é uma contratação por serviço terceirizado inteligente, diferente do que praticamos hoje”, avalia Décio Padilha. Segundo ele, nos vigentes contratos de terceirização, a Compesa paga pelo serviço executado, e não por desempenho e produtividade da empresa executora.
A PPP prevê o investimento de R$ 4,3 bilhões para universalização do esgoto na RMR em 12 anos. “O Governo do Estado e a Compesa estão fazendo isso de forma pioneira no País. Não existe nenhuma PPP, nem no Sudeste, nem em Brasília, com investimentos deste porte. A expectativa é que, entre julho e agosto, ocorra a assinatura de contrato”, informa.
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