sexta-feira, 11 de maio de 2012

Baianos enciumados com a economia Pernambucana


PE247, com Bahia247 – Rivalidade é o que não falta quando o assunto é a disputa não oficial entre os estados vizinhos Pernambuco e Bahia. Mas quando o quesito em questão é economia, Pernambuco vem saindo na frente em vários aspectos. A divulgação do Plano Plurianual (PPA) do Governo Federal para o período de 2012 a 2015 aponta que estão previstos recursos para o Estado da Bahia da ordem de R$19,9 bilhões, enquanto para o Pernambuco, o montante é mais que o dobro, de R$42 bilhões.

O desempenho também se deve aos incentivos fiscais oferecidos pelo governado pernambucano, comandado pelo socialista Eduardo Campos, para 28 projetos industriais, sendo 23 indústrias e cinco projetos de importação, com perspectiva de R$ 707,1 milhões em investimentos nessa área nos próximos anos.

E a bancada de oposição da Bahia na Câmara Federal está na bronca. Os parlamentares apontam para uma perspectiva de menor atração de investimentos e menos incentivos fiscais em solo baiano, em confrontação com os dados pernambucanos. O deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), oposicionista à gestão do PT em âmbito local, disse que falta interlocução do gestor para conquistar mais demandas. "Isso é fruto da incompetência gerencial e administrativa, falta de uma grande liderança", disparou em matéria publicada no Jornal Tribuna, da Bahia, desta quinta-feira (10).

O deputado Leur Lomanto Jr. (PMDB-BA), responsável por arregimentar nove deputados para uma recente visita a Pernambuco, também acredita que a menor quantidade de recursos federais para a Bahia "está associada à ausência de projetos mais consistentes", enquanto, em Pernambuco, as solicitações chegam bem mais bem construídas à Brasília.

A opinião de que a falta de articulação política é que tem feito a Bahia perder o espaço conquistado para Pernambuco também é compartilhada por especialistas em economia. Segundo eles, a Bahia não tem se organizado para se tornar mais competitiva. "Talvez isso seja resultado de uma fraqueza na representação política. Pode estar havendo falta de interesse de nossa bancada em nível federal ou do governo", diz o economista e professor da área de Auditoria Pública Pedro Gomes.

O professor da Economia Brasileira Ney Cardim enfatiza que a distribuição de recursos depende da força política. "Não existem princípios de prioridades, mas sim o fato de um político ter mais prestígio do que outro. O que existem são os interesses maiores de determinados gestores. Esse, infelizmente, é o modelo da política brasileira", afirma.

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