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Pernambuco é a 10ª economia do país e participa com 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, segundo a pesquisa Contas Regionais do Brasil 2010, divulgada nesta sexta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o levantamento, o estado cresceu a uma taxa de 4,2% ao ano entre 2002 e 2010, índice ligeiramente acima da média nacional para o período (4%). Nos oito anos analisados, a soma das riquezas produzidas pelos municípios pernambucanos subiu de R$ 35,25 bilhões para R$ 95,18 bilhões, o maior valor desde o início da série histórica, em 2002.
Apesar do aumento da participação das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste no PIB, os estados da região Sudeste continuam concentrando mais da metade (55,4%) das riquezas do país. "Acredito que mudar os cinco primeiros estados no ranking do PIB é muito difícil, porque a diferença para os colocados seguintes é muito grande", disse o gerente de Contas Nacionais do IBGE, Frederico Cunha, sobre a estrutura do PIB nacional em 2010.
Segundo os dados divulgados pelo IBGE, o estado com maior participação percentual no PIB continua sendo São Paulo (33,1%), seguido por Rio de Janeiro (10,8%), Minas Gerais (9,3%), Rio Grande do Sul (6,7%), Paraná (5,8%), Bahia (4,1%), Santa Catarina (4%) e Distrito Federal (4%).
Pernambuco está no grupo intermediário, que é formado por nove estados. Juntos, eles somam 16,9% do PIB. Neste grupo estão ainda Goiás, Espírito Santo, Ceará, Pará, Amazonas, Mato Grosso, Maranhão e Mato Grosso do Sul, todos com participações entre 2,6% e 1,2%.
"Estamos passando por um novo ciclo de industrialização, com maior diversificação da economia e atração de novas cadeias produtivas", disse o secretário estadual de Planejamento, Fred Amâncio, em nota. Ainda segundo o secretário, a tendência é que esses números sejam ampliados à medida que os novos empreendimentos que chegaram ao estado entrem em operação, a exemplo da Fiat e Refinaria Abreu e Lima.
As unidades da federação com menor expressividade na economia nacional se concentram no Norte e Nordeste. São elas: Rio Grande do Norte (0,9%), Paraíba (0,8%), Alagoas (0,7%), Sergipe (0,6%), Rondônia (0,6%), Piauí (0,6%), Tocantins (0,5%), Acre (0,2%), Amapá (0,2%) e, por fim, Roraima (0,2%).
Efeito Bolsa Família
Programas de transferência de renda e de incentivo à desconcentração industrial favoreceram a economia nas regiões Norte e Nordeste, entre os anos de 2002 e 2010. A avaliação é do gerente de Contas Nacionais do IBGE, Frederico Cunha.
Segundo pesquisa divulgada pelo órgão, a contribuição do Norte na economia do país subiu 0,6 ponto percentual - de 4,7% para 5,3%. Já a Região Nordeste aumentou sua participação na economia em 0,5 ponto percentual, indo de 13% para 13,5%. A contribuição do Centro-Oeste no PIB brasileiro também cresceu 0,5 ponto percentual e foi de 8,8%, em 2002, para 9,3%, em 2010.
"O Brasil é bastante concentrado, mas a gente percebe desconcentração nos últimos anos", afirmou Cunha. "Quando há algum tipo de proteção social - não só transferência de renda, mas aposentadoria rural, garantia de compra para agricultura familiar, incentivo fiscal, isso acaba aumentando a massa salarial e alavancando uma economia que só era puxada pelo consumo".
Frederico Cunha também chama atenção para o estado com menor renda por pessoa - o Maranhão, que registra PIB per capita de R$ 6,8 mil. O pesquisador explica que o tamanho da população puxou o resultado para baixo. O Distrito Federal concentra a maior renda per capita do país (R$ 58,4 mil). A média em Pernambuco é de R$ 10,8 mil por pessoa, enquanto o patamar nordestino ficou em R$ 9,5 mil.
"Se o PIB per capita é o PIB divido pela população, logo, no estado com uma população grande, a 10ª maior do país, o índice tende ser menor, apesar de o Maranhão ter tido um crescimento favorável na economia. Já no DF, o movimento é contrário, tem população pequena, mas concentra alta renda, reflexo do administração pública", acrescentou o o gerente.
Fonte: Pernambuco.com
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