Luzes e enfeites diferenciados fazem do Natal uma data peculiar. Não só o dia 25 de dezembro, mas todo um período que começa desde novembro e só acaba alguns dias após o início de um novo ano. Mas, além da fantasia criada pelas decorações e árvores iluminadas, para alguns, a fé tem o maior significado. Para outros, ainda, o espírito natalino, seja atrelado ao nascimento de Jesus ou retratado na figura do Papai Noel, é concretizado por meio da solidariedade com os que mais precisam.
Wagner Ramos
Na última quinta-feira (20), por exemplo, o Papai Noel foi fazer a alegria de cerca de 180 crianças da Creche Beneficente Menino Jesus, que atende famílias de diversas comunidades carentes da Zona Norte do Recife. Embrulhos, brinquedos e presentes para todo o lado. Pose para fotos e abraços vindos de quem nem sempre consegue expressar a alegria por meio de palavras. O sorriso inocente dos pequenos, com idades que variavam de poucos meses a 6 anos, foi a retribuição.
“Acho que cada um tem que fazer sua parte, não só no Natal, mas em todas as épocas”, lembrou Fagner, apressado para partir para outra distribuição de presentes. “Tento colaborar para ajudar o próximo. Gosto de despertar a fantasia do Natal nas crianças. Gosto de fazer com que elas acreditem num mundo mais feliz”, completou o Papai Noel.
Festejos cheios de solidariedade, também, para os moradores de Brasília Teimosa, na Zona Sul da Capital. O “bom velhinho” nem sempre aparece por lá, mas o líder comunitário Wilson Lapa sempre faz questão de buscar parcerias com igrejas e instituições de caridade. “Priorizamos as doações e a entrega de presentes para as crianças. Essa é a forma que tornamos nosso Natal inesquecível todos os anos”, disse.
Por outro lado, também é às crianças que a professora Maria José Morais gosta de se dedicar. Depois de um ano inteiro coordenando as atividades desenvolvidas na ONG Eduque-se para Educar, na comunidade Beira-Rio, também na Zona Sul da Capital, o prazer dela é ver o espírito de solidariedade tomar conta de padrinhos e de voluntários. A essa altura, os 157 menores de idade atendidos pela casa, entre crianças e adolescentes, já estão em férias. A lembrança terna de uma boa ação, entretanto, ainda não saiu da memória.
“Temos uma equipe de 25 pessoas ajudando nos trabalhos com essas crianças. Recebemos, aqui, filhos de pessoas sofridas. Às vezes, de pais que estão presos, de mulheres que precisam trabalhar. E ficamos muito felizes porque pela primeira vez, este ano, fomos contemplados com a visita de um Papai Noel. Fez muita diferença para o Natal desses meninos e meninas. De alguma forma, fez bem para a própria comunidade onde estamos”, contou Maria José.
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