A crise dos municípios alagoanos resultou em uma enxurrada de decretos de urgência no interior. Depois da Barra de São Miguel, Satuba e Major Isidoro, mais oito prefeituras decretaram estado de emergência. São eles, Pilar, Campo Alegre, Craíbas, Igaci, Coité do Nóia, Inhapi, Carneiros e Paulo Jacinto.
Na cidade do Pilar, o prefeito eleito, Carlos Alberto Moreira Mendonça, alega que não houve transição entre uma administração e outra, ressalta que não havia documentos para dar continuidade normal às atividades do município e uma série de irregularidades no Executivo. Estão entre as alegações o desaparecimento da folha de pagamento da prefeitura; maior parte das contas bancárias estava com saldo zero; servidores não receberam o mês de dezembro; ausência de informação sobre os contratos em vigor; ausência de processos licitatórios; serviços de telefonia e energia cortados em vários prédios públicos.
Em Campo Alegre, a nova prefeita, Pauline de Fátima Albuquerque, ressalta que a cidade foi alvo de uma operação do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas do Estado de Alagoas (Gecoc) por causa de irregularidades na licitação de contratos diversos, que foram encerrados e isso compromete serviços básicos. Além disso, a gestão anterior não fez o encerramento contábil de 2012. Faltam no município, medicamentos e materiais médicos nos postos de saúde, alimentos, material de limpeza e até combustível.
Na cidade de Craíbas, os argumentos utilizados para o decreto foram: não houve transição, não há medicamentos nos postos e sucateamento dos órgãos públicos do município. Em Igaci, o prefeito eleito alega “caos administrativo” e ressalta o mesmo problema da ausência de contratos verificados nas outras cidades em estado de emergência e a impossibilidade de realizar serviços básicos na saúde, educação e limpeza da cidade.
O prefeito eleito de Coité do Nóia, José de Sena Netto, alega que desconhece a situação fiscal e financeira da cidade, que a gestão anterior se negou a fazer a transição e fornecer informações, que os contratos foram todos rescindidos e que não existiu licitação para adquirir produtos e serviços essenciais. Além disso, o município está em débito com a Previdência Social e impedido de receber as transferências voluntárias do Estado e do governo federal.
Em Inhapi, os documentos também desapareceram da prefeitura e a última gestão não deixou nada licitado. Já em Carneiros, além da ausência de informações e de contratos, há débitos da gestão anterior que não foram incluídos no orçamento, ausência de comprovantes de pagamento do funcionalismo em dezembro de 2012 e sucateamento dos prédios públicos. O prefeito eleito de Paulo Jacinto, Ivanildo Pereira do Nascimento alegou que não tem como dar continuidade à prestação dos serviços básicos à população.
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