terça-feira, 6 de agosto de 2013

Adolescente disse a amigo que queria matar os pais


O único amigo do adolescente M.E.B,P, de 13 anos, contou à polícia que o garoto tinha fantasias constantes de matar os pais, pegar o carro da família e fugir. As informações foram dadas pelo delegado responsável pelas investigações, Itagiba Moreira Franco, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O adolescente é suspeito de matar a tiros os pais (o sargento da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Luis Marcelo Pesseghini, de 40 anos, e a cabo do 18º Batalhão Andreia Regina Bovo Pesseghini, de 36); a avó Benedita Oliveira Bovo, 65, e a tia-avó Bernardete Oliveira da Silva, 55. Em seguida, M. teria se suicidado. O crime ocorreu nesta segunda-feira em Vila Brasilândia, Zona Norte de São Paulo.
Segundo apurou a polícia, M. era um garoto isolado, com poucos amigos e tinha muitas armas de brinquedo no seu quarto. Com papelão, ele chegou a improvisar um colete igual ao da tropa de choque da PM. Usando fita adesiva, confeccionou um coldre.
O adolescente que prestou depoimento para a polícia era o único amigo próximo de M. Também de 13 anos, ele estudava na mesma escola do suspeito. O delegado leu uma parte do depoimento em que o garoto conta: “Ele [M.] tinha um sonho de matar os pais, pegar o carro e fugir para um lugar abandonado. Ele vivia repetindo isso”.
Imagens – O mesmo garoto reconheceu M. nas imagens obtidas pela polícia que mostram uma pessoa estacionando o carro de Andreia próximo à escola do filho, a 5 quilômetros do local do crime, por volta da 1 hora de segunda-feira. Às 6h15, essa pessoa saiu do carro, colocou uma mochila nas costas e seguiu em direção ao colégio. O delegado afirmou que as chaves do carro de Andreia estavam no bolso de uma jaqueta do filho encontrada na casa onde ocorreu a chacina.
Apesar do inquérito ainda estar em aberto, Franco afirma que tudo aponta para uma tragédia familiar. “Tudo leva a crer que foi o M. quem cometeu os assassinatos”. 

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