Saiba mais sobre a cantora que, com 34 anos de carreira, segue agenda agitada de shows e acumula sucessos
Elba Ramalho chega aos 62 anos, com pique de adolescente. Quem já teve a oportunidade de assistir a um show da cantora ao longo dos 34 anos de carreira pôde conferir sua energia entoando os sucessos de 31 álbuns e 4 DVDs lançados. A paraibana, que se mudou de Conceição para Campina Grande aos 3 anos, cresceu ouvindo frevo, baião, forró, maracatu e outros ritmos que influenciaram seu gosto musical e deram ao repertório a cara do Brasil.
Ainda nos anos 60, enquanto cursava Economia e Sociologia, ela ingressou em uma banda só de mulheres, As Brasas, tocando bateria. Os mais novos talvez nem imaginem, mas Elba desde cedo se interessou em ser atriz. Em 1977, três anos depois da mudança para o Rio de Janeiro, participou do filme "Morte e Vida Severina" e no ano seguinte da peça "A Ópera do Malandro", de Chico Buarque, contracenando com Marieta Severo, com quem o dueto na música "O Primeiro Amor" resultou em um contrato para gravar seu primeiro LP pela gravadora CBS.
O êxito foi tão grande no cinema que, em 1981, ela foi convidada a fazer parte do teleteatro musical "Morte e Vida Severina", exibido na Rede Globo, cantando e interpretando. Aclamado pela crítica e pelo público, o programa ganhou o Emmy Internacional, nos Estados Unidos. "Possivelmente jamais será feito outro espetáculo igual a este! Foi uma experiência única", afirmou a cantora ao site de imprensa da emissora, quando foi lançado o DVD da produção.
O primeiro disco, "Ave de Prata", veio em 1979, e a carreira de atriz foi ficando de lado. A primeira turnê internacional aconteceu em 1980, na África, quando lançou o segundo LP, o regional "Capim do Vale". Em 1982, já fazia parte do time das grandes cantoras, dividindo as atenções com figuras do nível de Gal Costa e Clara Nunes, após ganhar o Disco de Ouro com o quarto álbum. Logo o Brasil se tornou pequeno para seu carisma, e ela fez apresentações nos Estados Unidos, Europa e Cuba.
Entre os maiores sucessos imortalizados em sua voz estão "Ai que saudade d'ocê", "Bate coração", "Banho de Cheiro" e "Eu quero meu amor". Suas canções também embalaram novelas, como "De volta pro meu aconchego" (Roque Santeiro, 1985), "Tropicaliente" (para a trama homônima de 1994) e "Ciranda da Rosa Vermelha" (A Indomada, 1997).
As parcerias, muitas das quais com artistas do Nordeste, também foram bem presentes em todos esses anos. Além de duetos com Raimundo Fagner e o saudoso Dominguinhos, ela gravou - sem deixar de lançar, seus discos e CDs solo - três álbuns "O Grande Encontro", reunindo-se com o primo, Zé Ramalho, e Geraldo Azevedo, entre outros nomes.
Vida pessoal
Elba admitiu que fez um aborto ainda nos anos 70, em entrevista à revista "Veja", e nunca escondeu sua fé no catolicismo. A cantora se casou com o ator Maurício Mattar nos anos 80, e teve um filho, Luã, hoje com 26 anos. Entre 1996 e 2008 sua companhia foi o modelo Gaetano Lops, com quem adotou duas meninas: Maria Clara e Maria Esperança, adotando ainda Maria Paula, mesmo já estando separada dele. De lá para cá vem mantendo o gosto por homens mais novos - e, em boa forma, também chamado a atenção deles. Em 1989, aos 37 anos, posou nua aos para a revista "Playboy".
Ao longo de tanto tempo, Elba sem dúvida foi um dos nomes que mais contribuiu, ao lado de Dominguinhos e Luiz Gonzaga, para propagar a música nordestina pelo país, plantando em terras bem distantes do sertão em que foi criada as raízes de sua cultura, a qual valoriza até hoje mantendo-se fiel aos ritmos que a consagraram.
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