segunda-feira, 12 de agosto de 2013

CASO PESSEGHINI: Escola onde menino estudava reabre em SP

O colégio onde estudava o menino Marcelo Bovo Pesseghini, de 13 anos, acusado de matar os pais, a avó e uma tia-avó, reabriu nesta segunda-feira, na Zona Norte da capital. Muitos alunos entraram pelo portão lateral da escola, que contratou psicólogos para dar apoio aos colegas de Marcelo e também aos professores. Nesta segunda-feira, o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o caso, retoma os depoimentos de testemunhas. Nesta semana também são aguardados os laudos da polícia científica que vão apontar os horários e sequência das mortes. Os legistas acreditam que o sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini morreu dez horas antes das outras vítimas.

Na manhã desta segunda-feira, um tio-avô presta depoimento desde as 10h na sede do DHPP.

A Polícia Civil suspeita que o filho do sargento, o adolescente Marcelo Pesseghini, de 13 anos, matou o pai, a mãe, a avó e a tia e, na sequência, se suicidou. Antes, teria ido à escola. O crime aconteceu em duas casas, que ficam no mesmo terreno, na Vila Brasilândia.

Em entrevista ao Fantástico deste domingo, o tio de Marcelo Pesseghini, irmão do policial da Rota Luís Marcelo Pesseghini, mostrou uma carta feita pelo garoto no Dia dos Pais de 2012. No texto, o garoto diz que ama o pai e o felicita pela data. "Pai, você é o melhor pai do mundo inteiro eu sempre vou te amar, um grande beijo e feliz dia dos pais", diz o bilhete.

De acordo com o tio, o menino tinha o pai como um ídolo, e sempre foi carinhoso com a avó. - A família dele, para o Marcelinho era tudo. Ele amava o pai dele, a mãe. O pai era um super-herói pra ele. A avó ele amava muito porque foi ela quem criou, cuidou dele. Os pais trabalhavam muito -.

O irmão do policial também rechaça que Marcelo tenha cometido tal crime, e se matado horas depois. - Eu acho que ninguém acredita nisso. Ninguém da família, os amigos - . Segundo a polícia, o menino aprendeu a atirar com o pai, e a dirigir com a mãe. O tio, entretanto, nega tais fatos. - É tudo mentira. Meu irmão era uma pessoa muito coerente. E o menino nunca mostrou interesse em nada disso, tanto a dirigir quanto a mexer com armas.

Todas as cinco vítimas - o sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini; a mulher dele, cabo da PM Andreia Regina Bovo Pesseghini; a mãe da PM, Benedita de Oliveira Bovo, de 67 anos; a tia da PM, Bernadete Oliveira da Silva, de 55 anos; e o filho do casal, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos - foram mortas com um tiro na cabeça, com exceção de Andreia, que teria sido atingida à queima-roupa na nuca, de acordo com boletim de ocorrência.

O secretário estadual da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, disse na manhã desta segunda-feira, em entrevista a rádio Estadão, que nenhuma hipótese deve ser descartada neste caso. Segundo ele, nunca houve intenção da polícia de acusar o filho do casal pelas mortes.

"O que houve não foi uma preocupação em acusar o menino ou dar uma resposta definitiva, mas apontar a tendência maior, a linha de investigação mais forte para afastar aquela cogitação inicial de que seriam grupos organizados", afirmou o secretário, que completou: "Nenhuma linha de investigação pode ou deve ser descartada."

O delegado do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), Itagiba Franco, tem dito que estão praticamente descartados outros suspeitos para a chacina que não o estudante Marcelo.

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