domingo, 11 de agosto de 2013

Clube para proteger seu smartphone de danos

Consertar um celular de última geração pode custar caro. Aliás, muito caro. A proposta do Clube Pitzi, recém-chegada a Pernambuco, é oferecer um seguro contra quedas e outras avarias tão comum
Fernanda é dona de um iPhone 5, o gadget top de linha da gigante Apple, e atualmente não está usando o smartphone por que ele se encontra na assistência técnica. Foto: Nando Chiappetta/DP/D.A Press

A cena se tornou bastante comum. Em casa, no bar, shopping, consultório médico, dentro do ônibus, preso no engarrafamento. Não importa: hoje é normal ver alguém do lado com um aparelho celular de última geração nas mãos. Smartphones, principalmente. Navegando na web, postando uma foto na rede social, checando o trânsito, batendo papo com os amigos, baixando um aplicativo. Talvez você se encaixe nesse grupo.

É na distração, às vezes, ou até mesmo sem querer, que a viagem cibernética se torna um problema para o bolso. Isso ocorre quando uma simples queda do aparelho no chão ou na água podem danificá-lo. Há casos em que ele “desiste” de funcionar e apaga. O prejuízo, dependendo do caso, pode custar bem caro. Em situações como estas, um reparo equilave praticamente ao preço de um produto novinho na loja. Ou parte dele. Se você for um aficcionado por internet, não importa, paga o preço.

A estudante de arquitetura e urbanismo Fernanda Lins, 21, é um exemplo da situação descrita acima. Fernanda é dona de um iPhone 5, o gadget top de linha da gigante Apple, e atualmente não está usando o smartphone por que ele se encontra na assistência técnica. Na primeira queda, a tela de retina de 4 polegadas rachou. Um segundo impacto estilhaçou o display. Vale lembrar que a média de preço deste aparelho no mercado é de R$ 2,4 mil.

“Usei apenas quatro meses até o problema ocorrer. O conserto, que não é feito na fabricante, mas em assistência técnica indicada, vai custar em torno de R$ 900. Já tive aparelhos de outras marcas mais resistentes, que aguentaram impactos iguais. Vou esperar o prazo dado de 15 a 30 dias para recebê-lo de volta”, explicou Fernanda. Esse tipo de situação, no entanto, já pode ser resolvida em menos tempo e por um valor bem abaixo do que ela terá de pagar.

Esta é a proposta do Clube Pitzi, uma empresa sediada em São Paulo que oferece planos de proteção contra acidentes de celulares e smartphones. Criada pelo músico e economista norte-americano Daniel Hatkoff, cerca de um ano e meio atrás, a empresa tem como um dos atrativos a solicitação do serviço (reparo) totalmente realizada pela web. Basta se cadastrar no site www.pitzi.com.br, esperar a avaliação dos especialistas e fazer parte do clube pagando valores diferenciados, dependendo do modelo do seu aparelho.

Para entrar no clube, é preciso pagar mensalidades entre R$ 5 e R$ 30, dependendo do modelo do aparelho. Foto: Reprodução/internet
Para entrar no clube, é preciso pagar mensalidades entre R$ 5 e R$ 30, dependendo do modelo do aparelho. Foto: Reprodução/internet
“O Clube Pitzi não é uma empresa de seguro porque não protege contra riscos, e sim contra quedas, infiltrações de líquidos, como água, ou panes no sistema operacional”, explica Daniel. Inicialmente, a empresa se concentrou nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Região Sul e Distrito Federal. Agora, chega ao Nordeste (nos estados de Pernambuco e Ceará) com a proposta de preço justo, rapidez e agilidade nos reparos.

Entenda-se por esta tríade o pagamento, mediante uma associação ao clube, de valores entre R$ 5 e R$ 30 por mês, dependendo do modelo do aparelho. Se você tem um Galaxy S4, o mais poderoso da sul-coreana Samsung, cujo preço médio de mercado é entre R$ 1,9 mil e R$ 2,4 mil, vai pagar no Clube Pitzi R$ 24 mensais para garantir a proteção. Digamos que a tela do seu gadget quebre e você o envia (frete de ida e volta pago pela empresa) à empresa. O reparo do sinistro vai custar, em média R$ 75. O serviço também cobre reparos na bateria, teclado e outros itens.

“Em média, 80% dos nossos atendimentos são para solucionar a quebra de tela, cuja reposição custa mais de R$ 700 no mercado. As pessoas não sabem utilizar bem os smartphones e acabam tendo problemas. Além dos reparos, temos benefícios, como descontos na compra de novos aparelhos”, destaca Hatkoff. O pagamento do serviço e do plano de proteção, de acordo com ele, pode ser feito com cartão de crédito ou boleto bancário (plano anual).  

Mercado potencial
O negócio proposto pela Clube Pitzi poderia ser apenas mais um no mercado, mas está de olho em uma parcela da população que não vive (sem exageros) um dia sequer sem o seu celular e internet. O potencial do setor é altíssimo. Não à toa, o Brasil se tornou um país tão tecnológico que pela primeira vez, segundo a International Data Corporation (IDC), a venda de smartphones superou a de celulares no país.

Entre os meses de maio e abril deste ano, de acordo com uma pesquisa do órgão, o número de smartphones vendidos no Brasil somou 53% do total de dispositivos vendidos. Em março, a porcentagem foi de 41%. Já em abril, chegou a 49%. Os números, por si só, mostram que o mercado tende a crescer de forma avassaladora. “Nossa meta é atender uma em cada três pessoas que tenham smartphones”, projeta Daniel.

O conserto da tela do modelo Galaxy S4, da Samsung, custa normalmente de R$ 600 a R$ 800. Foto: Divulgação (Divulgação)
O conserto da tela do modelo Galaxy S4, da Samsung, custa normalmente de R$ 600 a R$ 800. Foto: Divulgação
A previsão do empresário não é algo do outro mundo. Pelo simples fato de que consertar um aparelho desse tipo custa bem caro. O exemplo é dado pelo próprio Daniel. Segundo ele, consertar a tela quedrada de um iPhone 5 custa, em média, R$ 800. O Galaxy S4, cuja tela é muito grande e sensível, entre R$ 600 e R$ 800. No Clube Pitzi, ele garante que o conserto ocorre em até dez dias úteis e, caso este tempo não seja suficiente, a empresa pode até dar outro aparelho ao associado.

Daniel explica que a avaliação do aparelho é feita por especialistas em smartphones e aparelhos celulares. “Pegamos as informações do produto e conferimos se ele também está em bom estado.” Em Pernambuco, o empresário acredita na boa aceitação do serviço. “Muitos consumidores já nos procuraram e com quase 12 milhões de aparelhos chegou o momento de atendermos o estado”, completa. As estatísticas, na avaliação do empreendedor, ajudam neste possível crescimento. “É seis vezes mais comum a ocorrência de acidentes que danifiquem o celular do que perder ou ter o aparelho roubado”, atesta. Vai pagar para ver?  

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