Viúva de Paulo Cavalcanti de Petribú, um dos maiores nomes da indústria canavieira do Estado, Dona Helena se encarregava dos projetos sociais da Usina Petribu
Faleceu este domingo (11) Helena Cavalcanti de Petribú, aos 88 anos. Ela era viúva de um dos principais personagens da indústria da cana-de-açúcar no Brasil, o empresário Paulo Cavalcanti de Petribú, nome marcante na economia pernambucana. Filho de João Cavalcanti de Petribú, que, no início do século 19, fundou a Usina Petribu, na Mata Norte do Estado.
Dona Helena havia sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC) na semana passada. A saúde já estava comprometida há alguns anos em função do Mal de Alzheimer. A missa seguida do sepultamento está marcada para as 10h da manhã desta segunda (12), na Capela de São Miguel, localizada em frente à Usina Petribu, em Lagoa de Itaenga, ao lado do túmulo do marido.
O casamento com Paulo, falecido em 2007, gerou oito filhos e 24 netos. Ela sempre foi vista por familiares, amigos e funcionários da usina como uma figura batalhadora e dedicada aos mais pobres.
Dona Helena teve papel fundamental nos projetos de responsabilidade social da Petribu. Ela ajudou a fundar um centro social que, durante mais de 30 anos, funcionou junto à escola da usina.
Até antes de ficar doente, orientava esposas e filhas de funcionários a fazer bordados finos e também ensinava culinária para que as mulheres pudessem ajudar na renda familiar. As atividades do centro acabaram quando a saúde de Dona Helena ficou comprometida.
“Ela cuidava de tudo, desde a organização das aulas até o monitoramento das cores das linhas. Todo mundo sempre se impressionou muito com o trabalho do centro”, lembra a funcionária e amiga próxima da família, Evanice Rodrigues, na usina há 37 anos.
Evanice lembra, ainda, da fama dos bordados ensinados por Dona Helena, que ganharam as vitrines de todo o Brasil, principalmente no Sudeste, e também foram expostos no exterior, com destaque para Paris. A casa da família no bairro da Madalena, Zona Norte do Recife, era outro palco constante de exposição dos trabalhos.
Além disso, Dona Helena ajudou a fundar o centro social de Lagoa de Itaenga e sempre levava mantimentos para os que precisavam. Na escola da usina, visitava sempre os alunos, filhos dos funcionários.
“Vovó sempre foi considerada a matriarca da família, daquelas matriarcas antigas. Sempre serviu de espelho para todos nós, que a respeitamos muito. Além disso, sempre foi muito companheira de vovô”, disse o neto Gustavo Petribú Fraga Rocha.
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