PROTESTO - Ironias e "detenção" de privada marcaram o Baile de Máscaras Damázio

A paz e a irreverência marcaram o I Baile de Máscaras Damázio, um protesto contra o veto da Secretaria de Segurança Pública (SDS) ao uso de máscaras durante manifestações. Cerca de 150 pessoas participaram do ato, que começou com uma concentração no Parque Treze de Maio, por volta das 16h, seguida de passeata até as proximidade da sede da SDS, na Rua São Geraldo, em Santo Amaro, à qual os manifestantes não tiveram acesso por causa do bloqueio feito pela polícia com grades e cavaletes. Em seguida, já no início da noite, o grupo se dirigiu à frente da Câmara Municipal, onde a manifestação foi encerrada. 

Já perto da secretaria, manifestante com máscara de Wilson Damázio e demais participantes foram "barrados". Foto: Anamaria Nascimento/DP/D.A Press

Ao todo foram mobilizados 120 policiais para atuar no protesto, que foi agendado pelas redes sociais. Não foram registrados casos de vandalismo nem detenções. O "ponto alto" foi o confisco de uma privada que era carregada por um manifestante. A polícia recolheu o objeto e o levou embora de camburão, alegando que a bacia sanitária poderia ser arremessada contra pessoas ou prédios ou, ainda, ser quebrada e servir de arma. 

Privada foi confiscada por ser considerada uma ameaça à segurança. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Carregando faixas e estandartes, os manifestantes abusaram da criatividade com relação às máscaras, que foram o motivo da manifestação em primeiro lugar. As que mais fizeram sucesso foram as do secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, e do governador Eduardo Campos. As duas autoridades também foram alvo de paródias de marchinhas de carnaval. Procurado pelo Diario, o secretário classificou o protesto de "irreverente". Ele ressaltou que a estrutura de segurança público do estado está preparada para lidar com a manifestação pelo passe livre agendada para esta sexta-feira, às 14h, sumultaneamente à paralisação geral convocada pelas centrais sindicais para todo o país.