terça-feira, 17 de setembro de 2013

Dima que demita

Dilma que demita
Virou uma novela insuportável, que ninguém mais consegue ler, essa estória de que a presidente Dilma vai por na rua os ministros do PSB. Da boca dela, não se ouve um pio, mas o noticiário nos últimos dias tem sido incessante.
Ora, se Dilma quer de fato afastar os auxiliares do PSB por que não recorre às instâncias cabíveis, no caso a direção do PSB? Imagino que a degola é um desejo seu antigo e que vem sendo adiado por vários motivos, entre os quais o de não contrariar o ex-presidente Lula, que insiste em dizer que Eduardo não é candidato.
E que estará ao lado de Dilma. Lula vive um sonho ou um pesadelo. O governador pernambucano é candidatíssimo e só está aguardando o momento mais estratégico para oficializar.
Dilma, Lula e todos os principais líderes da base governista sabem que Eduardo está candidato, age como candidato e continua negando tal condição.
Ninguém sabe fazer esse jogo do esconde-esconde melhor do que o socialista. Quanto aos cargos, Dilma não espere dele nenhuma iniciativa. Raposa política, Eduardo vai esticar a corda até onde puder.
O jogo é esperar que Dilma promova as demissões que julgar necessários, porque para a opinião pública ficará a versão de que a iniciativa foi dela e não do PSB.
Além do Ministério da Integração e do Ministério dos Portos, o PSB comanda a Sudene, a Sudeco, dois órgãos esvaziados, mas também o controle da poderosa Chesf. Uma fatia poderosa do ponto de vista político, cuja perda levará o PSB, inexoravelmente, para reforçar a oposição a Dilma.
E é nesta condição que Eduardo deve se apresentar como candidato ao Planalto não agora, como desejaria, mais na frente, quem sabe no início de outubro, faltando exatamente um ano para as eleições.                         

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