Por Jamildo Melo, editor do blog
O presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Uchoa, do PDT, disse nesta manhã, ao comunicador Aldo Vilela, na rádio JC News, que pode disputar novamente o comando da Assembleia Legislativa, em 2014, se o governador Eduardo Campos pedir ou convocar.
“Se Eduardo me pedir, eu voto até em Romário Dias (que foi indicado conselheiro do TCE pelo socialista e agora deve ir para PTB, na oposição)”, ironizou Uchoa. “Sou um liderado de Eduardo Campos. Na hora em que ele disser que eu não devo, não serei candidato”, afirmou, frisando que teve 48 votos e um voto em branco porque era leal com os companheiros deputados.
Mesmo assim, Uchoa reclamou que sofre com uma oposição oculta, na casa. “Sou católico, mas assombrações aparecem”, brincou. “Preciso ir a um espírita (livrar-de das assombrações que lhe perseguiriam na Assembleia)”, ironizou.
Nesta conta das assombrações é que Guilherme Uchoa coloca o episódio em que seu nome acabou relacionado com um polêmico processo de adoção em Olinda, junto com o nome de sua filha. “Não me afetou em nada. Só vai me ajudar (na eleição) pois sensibilizou a população. Quem sai de casa para ajudar uma criança pobre só pode ser ajudado na eleição. Agora, quantos jornalistas foram conhecer o abrigo? Jogaram pedra em quem não tinha nada com isto”, observou. “Eu só faço o bem. Nunca fui envolvido em processo policial algum até hoje”, disse. O ex-prefeito do Cabo, Lula Cabral, que também participava do debate, afirmou que alguém queria enfraquecer o nome de Uchoa com o episódio.
“Fui acusado de tráfico de influência. Se facilitei alguma coisa, foi a vida de alguém”, disse Uchoa. Mais tarde, voltou com a ironia. “Só luto pelas boas causas. Estou pagando o preço da adoção”, afirmou, quando falou do concurso da casa e da abertura de vagas para contratação de jornalistas, com salários de R$ 11 mil.
Como está com prazo de validade vencida, como político, Uchoa disse que uma ideia interessante “porque sou velho” seria ser ministro em um eventual governo Eduardo Campos na esplanada. Uchoa disse que Eduardo está com o ânimo renovado depois da chegada de Marina. “Os problemas do governo Dilma são os mesmos de 7 anos atrás”, afirmou, em uma avaliação rápida sobre o governo Dilma.
Em outra fina ironia, ele disse que Armando Monteiro Neto não seria oposição a Eduardo Campos em 2014. “Armando não é de oposição. Ele foi eleito senador por nós”, frisou. “O PT é a oposição. Vamos até contar hoje, para ver como ficou”, brincou.
Em dado momento, também revelou que teve uma conversa recente com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, onde deu a real. “Eu disse a Lupi nós estarmos unidos, mas que aqui em Pernambuco o palanque do PDT será de Eduardo Campos. Na minha opinião, o PDT já deveria ter deixado o governo Dilma. Ela não gosta do PDT, já deu provas disto”.
Em uma interpretação pessoal do que pode vir a acontecer com a oposição, em 2014, diante do desafio do cenário nacional, Guilherme Uchoa recomendou que a oposição não fosse tão ousada. “É melhor começar de um jeito e terminar do mesmo jeito. Se daqui a 11 meses, o governador estiver bem cotado, o povo pedindo um nordestino na presidência (como eles podem ficar?”, sugeriu.
Guilherme Uchoa, quando instado a comentar quem seria o nome de Eduardo Campos para o governo em 2014, preferiu não declinar a preferência, alegando que não gostaria de arrumar inimizades. “Se eu pudesse, eu diria que sou eu”, brincou, antes de defender alguém com experiência política.
“Passou esta época. O cenário é diferente (do cenário de Geraldo Júlio no Recife). Eduardo não vai tirar um nome do bolso”, avaliou.
No ar, o deputado estadual afirmou que defende voto aberto para tudo na Assembleia, inclusive eleição da mesa. “Ou é aberto para tudo ou é fechado para tudo”
Guilherme Uchoa também defendeu regras mais rígidas para a aprovação de novos municípios. Ele acredita que, das 31 propostas em avaliação na casa, apenas sete teriam chances de viabilização, em função das condições próprias de manutenção.
No ar, também defendeu que o Senado não crie proibições para a divulgação de pesquisas pouco antes das eleições.
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