sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Perfuração de petróleo em Pernambuco poderá ser realidade já em 2014

Folha de Pernambuco
Início das atividades estava previsto para 2019, mas estudos indicam reserva
Estudos preliminares indicam que a bacia Pernambuco-Paraíba – localizada entre 60 e 75 quilômetros da costa, a partir do Recife – tem reservas de petróleo e deve ser perfurada em 2019. Os indícios estão sendo detectados pelos estudos realizados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) sobre a área arrematada em leilão este ano pela Petra Energia (com a Queiroz Galvão e a Niko Resources). Segundo disse o diretor técnico da Petra, Lino Teixeira, nesta quarta-feira (23), durante o primeiro dia de palestras do Pernambuco Petroleum Business 2013, o prazo para perfuração pode ser antecipado, dependendo do início da atividade por parte da Petrobras, já em 2014. “A Petra pode antecipar a perfuração tambémpara o ano que vem”, comentou.
Teixeira informou que o investimento, apenas para exploração da área, será em torno de R$ 60milhões – sendo 70% da Petra. “Por enquanto, estamos fazendo análises preliminares que mostram indicações de que há petróleo na bacia, mas ainda não sabemos a quantidade”, disse. Caso seja encontrado, os benefícios para Pernambuco serão desde a base, a universidade, que terá mais alunos cursando Geologia, até a chegada de novas empresas do setor de petróleo, que demandarão equipes de geólogos e geofísicos, fomentando a cadeia.
O investimento será dividido em um período de cinco anos, ao longo do cronograma por ora em vigor. Com licenciamento ambiental já iniciado, em 2014/2015, serão feitos estudos físicos e geológicos. Nos anos seguintes, a interpretação desses dados, e, em2018, o reprocessamento, até que de geologia e fisica.
Paradigmas
A informação quebra paradigmas porque em 1982, a Petrobras, baseada em dados da época, admitiu que a região de Pernambuco seria uma bacia estreita, pouco profunda. Logo, não existiria petróleo. Em 1997, novos estudos indicavam maior profundidade, mas sem informação de presença de sal.
A bacia só apareceu como plataforma em águas profundas em2013, com presença de sal, blocos de sal, já identificados através de cabos hidrofórmicos. “Somente a partir de 2009 tivemos registro, começamos a visualizar melhor a bacia e quebrar o paradigma de que não existia bacias profundas em Pernambuco”, disse Teixeira.

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