Terminal Marítimo não recebe grandes navios

A chegada de 1,2 mil turistas estrangeiros na manhã de ontem, algo corriqueiro na temporada de cruzeiros no litoral do Recife, desta vez representou um passo importante no projeto de retomada do Bairro do Recife. Formado em sua maioria por aposentados da Itália, Espanha e França, o grupo foi o primeiro a testar o novo Terminal Marítimo de Passageiros de Pernambuco, que iniciou suas operações de forma parcial. Pela primeira vez, a estrutura montada no Porto do Recife, onde antes existiam os armazéns 7, 8 e 9, ficou apta a receber os visitantes, proporcionando mais conforto, apesar de alguns improvisos no procedimento de desembarque.

Com 23 mil metros quadrados e construído a um custo de R$ 28 milhões, o equipamento possui todos os requisitos para recepcionar passageiros de qualquer embarcação internacional. No primeiro andar, quiosques com informações turísticas e o primeiro ponto de comércio funcionaram sem problemas. Localizados no térreo, a sala de embarque e os guichês de atendimento da Polícia Federal e Anvisa não precisaram ser utilizados, uma vez que o transatlântico de bandeira italiana Costa NeoRomantica já tinha realizado o procedimento alfandegário obrigatório na cidade de Belém (PA).

O trecho do Porto do Recife que abriga o novo terminal ainda não permite ancorar embarcações de grande porte em função da baixa profundidade do canal. Por conta disso, os turistas desembarcaram nas imediações do Armazém 2, que pode receber cruzeiros que necessitam de até onze metros de profundidade. De lá, seguiram em dez ônibus fretados até o novo terminal, num percurso realizado em vias internas do porto.

O presidente do Porto do Recife, Rogério Leão, afirmou que o governo do estado aguarda a liberação de R$ 129 milhões da União para o serviço de dragagem, que vai permitir a atracação de navios de grande porte na área que fica em frente ao terminal. %u201CA licitação já foi concluída e homologada. Falta apenas o governo federal liberar o recurso através da Secretaria Especial dos Portos%u201D, disse.

Alheios às questões burocráticas, os estrangeiros tinham pressa para visitar pontos turísticos da Região Metropolitana, com predileção por Olinda e pelo próprio Bairro do Recife. Na saída do terminal, algumas situações indicam a necessidade de ajustes. Diante de uma pergunta feita em inglês por um senhor que procurava os elevadores, uma segurança se limitou a afirmar que não sabia o que ele falava. Na frente do terminal, um grupo de taxistas se virava como podia com mímicas. Até abril de 2014, o novo terminal deverá receber 60 navio