A edição 2013 da Black Friday continua a dar a mesma dor de cabeça registrada em 2012. Até o meio-dia desta sexta-feira (29), com aproximadamente quatorze horas de promoções, o site Reclame Aqui recebeu 1.650 reclamações contra várias empresas durante a Black Friday. Para se ter uma ideia da quantidade, que já é recorde, no ano passado, no mesmo período, o site registrou 8 mil reclamações nas 24 horas da promoção, considerando todas as empresas.
De acordo com o Reclame Aqui, considerando também as reclamações pelo RA Chat, canal que integra os chats das lojas com o portal, as queixas chegavam a 3.552 até por volta das 13h. A quantidade de reclamações contra as dez empresas que lideram esse ranking também já era recorde em relação à média diária de queixas contra essas empresas ao longo do ano, aponta o site, especializado no recebimento de reclamações e termômetro para a reputação de empresas.
O Reclame Aqui informou, inclusive, as dez empresas mais reclamadas, por volta das 12h: Extra.com.br, Ponto frio (loja virtual), Casas Bahia (loja virtual), Americanas.com, Submarino, Centauro (loja virtual), Walmart (loja virtual), Saraiva (livraria, editora, virtual), Magazine Luiza (loja virtual) e Brastemp/ Consul (loja virtual).
As reclamações começaram, antes mesmo do início da queima e o site já registrava mais de 400 queixas e denúncias de consumidores sobre aumento de preços. No ano passado, o evento ganhou o apelido de “Black Fraude” e o slogan-piada “a metade do dobro” depois de suspeitas de que boa parte dos varejistas teriam inflado os preços para forjar descontos maiores. Além disso, milhares de clientes relataram ter visto vitrines virtuais fora do ar e dificuldades para finalizar compras. O episódio resultou na notificação de grandes companhias pela Fundação Procon-SP.
Nem mesmo a intervenção da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, na tentativa de evitar o desgaste que marcou a terceira edição do evento, evitou o fiasco. Em conjunto com o portal Busca Descontos, que organiza o evento no Brasil, criou um código de ética e as lojas virtuais que assinaram o documento se comprometem a anunciar apenas ofertas reais na ação. Caso a empresa não cumpra o acordo, poderá sofrer punições.
Segundo a câmara, as ofertas das lojas que aderiram ao código de ética devem ser identificadas com o “Selo Black Friday Legal”, que indica a credibilidade das promoções. O Procon-SP e o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) também se reuniram para definir estratégias que evitem que os transtornos ocorridos na edição de 2012 se repitam, afetando a credibilidade do setor e prejudicando os consumidores.
Outra iniciativa para proteger os consumidores, segundo o portal G1 divulgou, partiu da Serasa Experian, que vai permitir que os consumidores consultem gratuitamente o CNPJ de uma empresa com a qual pretendem fechar negócio. A pesquisa gratuita estará disponível entre de hoje até 1º de dezembro.
De acordo com a Serasa, o “VocêConsulta Empresas” fornece informações sobre a situação do CNPJ da empresa, razão social, ocorrência de protestos, cheques sem fundo, ações judiciais, endereço, falências e a existência legal da companhia consultada. Para conferir as informações, o cliente deve acessar o portal do consumidor da Serasa e digitar o CNPJ da empresa que quer consultar. A Serasa Experian orienta que é possível localizar o CNPJ no rodapé do site de cada empresa ou nas seções “quem somos” ou “fale conosco”.
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