sábado, 23 de novembro de 2013

Polícia investiga SMS de padrasto para mãe de Joaquim que cita seguro

Lucinda Vilela esteve na porta casa de Joaquim para prestar homenagens (Foto: Érico Andrade/G1)
A Polícia Civil de Ribeirão Preto (SP) investiga o conteúdo de uma mensagem enviada por celular pelo padrasto do menino Joaquim, Guilherme Longo, para o telefone da mãe da criança, Natália Ponte, que menciona uma apólice de seguro.
Segundo o delegado Paulo Henrique Martins de Castro, chefe das investigações, a polícia precisa obter mais dados sobre o tipo de apólice a que Longo se refere, já que de acordo com ele, o texto é muito vago. “É uma mensagem que menciona alguma coisa sobre seguro, mas pode ser qualquer seguro.

Nós estamos ainda analisando essa mensagem, verificando a existência dessa seguradora para saber para quê e qual a finalidade desse seguro”, diz.
No entanto, Castro afirma ainda que a linha de investigação do caso não aponta para a hipótese de que Joaquim possa ter sido morto por interesse do casal em receber o prêmio da suposta apólice de seguro. “É mais um fato, um dado novo que surgiu, mas não trabalha nesse sentido. A linha de investigação não é nessa finalidade. A polícia ainda não encontrou a seguradora. Estamos em diligência para localizá-la”, afirma.
Guilherme Longo e Natália Ponte estão presos temporariamente desde o dia 10 de novembro, quando o corpo do menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, foi encontrado no Rio Pardo, em Barretos (SP). Eles são suspeitos de envolvimento no sumiço e na morte da criança, e alegam inocência. Na quinta-feira (21), o advogado de Longo, Antônio Carlos de Oliveira, entrou com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Ele defende que o padrasto pode colaborar com as investigações em liberdade.
Reconstituição
A previsão da Polícia Civil é que a reconstituição do caso seja feita na tarde deste sexta-feira (22). Na quinta-feira, o comando da Polícia Militar esteve reunido com o delegado para definir o reforço da segurança e o isolamento que serão feitos na área onde fica a casa em que Joaquim morava com a família e de onde desapareceu na madrugada de 5 de novembro. O imóvel fica no bairro Jardim Independência e há duas semanas virou ponto de manifestações de populares, que deixam homenagens ao menino e cartazes com pedidos de justiça.
Por causa dos rumores de que a reconstituição seria feita na quinta-feira, curiosos se deslocaram até o local na expectativa de acompanhar o trabalho da polícia. Em frente à casa de Joaquim, a dona de casa Lucinda Vilela, que é de Lavras (MG) e que está em Ribeirão Preto visitando a filha, aproveitou a oportunidade para se manifestar. “Se eu não viesse eu acho que ia passar mal. A gente quer justiça. Isso me abalou demais. A gente sente como se fosse alguém da família.”

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