Ainda à espera de ter o mandado de prisão expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ) afirmou neste sábado (16) que a judicialização da política “é um fenômeno moderno” e sua luta no Congresso “foi política”.
"Eu não sei qual resultado haveria (do processo). A minha luta era política lá no Congresso Nacional. Teve a judicialização. E isso foge do meu papel. O meu papel é político. Lá, no Congresso, eu fiz o enfrentamento. Não fiz enfrentamento no Judiciário. A judicialização da política é um fenômeno moderno", afirmou ele.
Jefferson evitou falar das prisões ocorridas na última sexta-feira, como a do ex-ministro José Dirceu e do ex-presidente do PT, José Genoíno. Em carta aberta, Dirceu se diz “vítima de uma condenação injusta”. Já Genoíno afirmou que é “um preso político de uma democracia sob pressão das elites”.
"Não quero comentar o que eles disseram. Respeito o sofrimento o que eles estão passando. Imagino como é a pressão, que eu também estou vivendo. Eu respeito. Não que falar mal de ninguém. Quero que eles tenham serenidade, força e tranquilidade para passar este momento difícil que estão vivendo. É a minha torcida por eles."
O ex-deputado não quis comentar sobre o resultado do mensalão no STF: "Não quero discutir isso. É coisa passada. Chega. Já estou cansado".
Na manhã deste sábado, Roberto Jefferson tentou manter a rotina. Ele saiu por volta das 10h de casa, em Levy Gasparian, cidade a 140 quilômetros do Rio de Janeiro, para fazer exercícios. Ele atravessou a rua onde mora e entrou em uma outra residência, que também pertence à família. Durante a atividade física, que durou cerca de uma hora, Jefferson ouviu canções de Jakob Dylan, filho do cantor e compositor Bob Dylan.
Roberto Jefferson, por enquanto, não está na lista divulgada pelo STF na última sexta-feira com os mandados de prisão. Ontem, o ex-deputado disse que vai aguardar a Polícia Federal em sua casa. "Estou aguardando. O momento é de expectativa. Tenho acompanhado o noticiário. Estou recebendo informações do meu advogado Marcos Pinheiro de Lemos. Vou aguardar em casa - afirmou Jefferson, na sexta-feira."
Aparentando tranquilidade, Roberto Jefferson justificou a decisão de ficar na residência até a chegada dos policiais: "Vou aguardar aqui. Vou ficar em casa. Prefiro ficar em casa. Aqui fico mais confortável".
O ex-deputado revelou que a família está apreensiva. "A família está tensa, na expectativa. É isso aí, irmão! Vamos descansar", disse Roberto Jefferson, que foi até o portão se despedir de parentes que o visitaram.
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