Socialista, ex-ministro da Integração Nacional, faz críticas ao Governo Federal e garante união do PSB na eleição
Bezerra manteve contatos políticos na Mata Sul do Estado
Sérgio Figueiredo/Divulgação
No dia em que retomou suas movimentações de olho no desejo de sair candidato a governador de Pernambuco no próximo ano, após 15 dias de férias, o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho (PSB) fez o ataque mais duro ao governo federal desde que deixou o comando da pasta de Integração Nacional, há cerca de 45 dias. Em entrevista a uma rádio de Palmares - Mata Sul do Estado -, onde recebeu título de cidadão, nessa quarta-feira, o socialista ainda afirmou que, apesar de vários socialistas estarem com seus nomes colocados para concorrer à sucessão de Eduardo Campos, o PSB estará unido em 2014.
A crítica ao governo Dilma Rousseff (PT) ocorreu ao ser questionado sobre o “abandono” da Mata Sul pernambucana, que consolidou sua economia com base no setor sucroalcooleiro. Apontando uma “grave crise” na área tanto no âmbito local como no nacional, ele avaliou que a União “cometeu equívocos” em relação à política de estímulo à produção de etanol.
Mencionando o baixo desempenho da safra pernambucana de cana de açúcar este ano, ele afirmou que a crise fez o Estado perder a referência no setor e o peso da produção em relação ao resto do Brasil.
“Existe uma crise forte e acho que precisamos corrigir a partir de políticas públicas muito mais amplas. O debate que Eduardo Campos vem fazendo com sua candidatura própria a presidente é um pouco neste sentido. Ontem (na terça), ele comentava que o Brasil apresentou um crescimento econômico muito ruim no terceiro trimestre. Tudo isso remete a uma discussão de uma nova forma de planejar, nova forma de encarar o desenvolvimento nacional e coloca a questão da crise em função de erros que foram cometidos”, avaliou.
Em outro momento, ele criticou a “briga besta” em torno da paternidade das obras bem sucedidas em Pernambuco. O PT - leia-se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - tem usado a destinação de verbas federais para o Estado na tentativa de mostrar que os petistas foram indispensáveis no bem avaliado governo socialista. Bezerra considerou, entretanto, que “o pai” das obras pernambucanas foi a capacidade do governador de “se aliar, de ter bons projetos e de poder arrancar os benefício” em prol da população.
Citando novamente a empolgação dos socialistas com o voo nacional de Eduardo, ele afirmou que os correligionários não se dividirão por causa do processo de escolha do nome que disputará a sucessão estadual. “Nosso partido está pronto para enfrentar os desafios de 2014. A grande força do PSB é que ele estará unido”, disse. Para o ex-ministro, o candidato a governador será escolhido até março. Ele ainda garantiu que “certamente” disputará algum cargo majoritário na eleição.
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