Olindense Vitória Jesumary passou a viver com a filha na embaixada brasileira em Oslo, após governo ameaçar reter garota para adoção
Mãe e filha vivem há seis dias na embaixada brasileira em Oslo
Foto: Arquivo Pessoal/Facebook
A pernambucana Vitória Alves Jesumary, 37 anos, e sua filha Sofia, 3, estão há seis dias vivendo na embaixada brasileira em Oslo, na Noruega. Vitória, que mora há três anos no país, procurou a representação diplomática após receber do governo local a informação de que sua filha seria retida para entrar em um programa de adoção local. A medida seria tomada em meio a um traumático processo de separação entre a pernambucana e o pai da menina, que brigam na Justiça pela guarda da criança. Ainda segundo as autoridades locais, a mãe, que está desempregada, não teria condições de ficar com a garota.
Segundo Vitória, que é de Olinda, a embaixada já informou o caso ao Itamaraty. “Ela (Sofia) não pode colocar os pés fora da embaixada, senão eles levam minha filha”, disse, em entrevista via internet.
O casamento com um chileno que tem nacionalidade norueguesa provocou a mudança da pernambucana para o país nórdico. Sofia, no entanto, nasceu em São Paulo. Vitória conta que o motivo alegado pela assistência social do local para reter a menina foi justamente a separação do casal.
“Eles alegam que isso mexeu muito no emocional dela”, diz a mãe. Questionada se a criança recebia algum acompanhamento do serviço social, Vitória respondeu que não. “A menos que isso tenha acontecido na escola, sem a gente saber.”
Ela e o ex-marido estavam brigando na Justiça pela guarda da criança. Foi ele quem recebeu primeiro a notícia de que a menina seria recolhida pelo governo. “Na quarta-feira passada, avisaram a ele que Sofia seria pega. Ele foi buscá-la então na escola e ficou sem saber para onde ir. Eu disse que ele a levasse para a embaixada brasileira.”
Nas redes sociais de seus parentes, é grande a movimentação em prol do retorno da mãe e da filha para o Brasil. Uma das mensagens diz: “Olinda vos espera! Garota criada com toda proteção dos pais vai para um primeiro mundo de m... Dá-lhe Brasil! cadê a proteção?”
A irmã de Vitória, Margareth Jesumary, que vive em São Paulo, diz que a legislação norueguesa prevê que a criança, assim que retida pelo governo, já seja dirigida diretamente a uma família. “O critério para levar uma criança de casa é totalmente deles. Depois os pais até podem recorrer para reaver a guarda da criança, mas o que tem acontecido é que elas não estão mais voltando para eles.”
Margareth está preparando uma carta para o senador Eduardo Suplicy (PT), pedindo sua intervenção no caso. “Vou explicar a situação. Agora, não é só uma questão de uma separação, é uma questão política, de negociação. Nossas leis são diferentes.”
Vitória não seria detida caso deixasse a embaixada, mas foi orientada juridicamente para permanecer no local ao lado de Sofia. O JC procurou o Itamaraty ontem por volta das 21h30, mas o órgão informou que não havia como falar sobre a situação por conta do horário da embaixada em Oslo, que estava fechada (era quase 1h da manhã no local).
Segundo Vitória, que é de Olinda, a embaixada já informou o caso ao Itamaraty. “Ela (Sofia) não pode colocar os pés fora da embaixada, senão eles levam minha filha”, disse, em entrevista via internet.
O casamento com um chileno que tem nacionalidade norueguesa provocou a mudança da pernambucana para o país nórdico. Sofia, no entanto, nasceu em São Paulo. Vitória conta que o motivo alegado pela assistência social do local para reter a menina foi justamente a separação do casal.
“Eles alegam que isso mexeu muito no emocional dela”, diz a mãe. Questionada se a criança recebia algum acompanhamento do serviço social, Vitória respondeu que não. “A menos que isso tenha acontecido na escola, sem a gente saber.”
Ela e o ex-marido estavam brigando na Justiça pela guarda da criança. Foi ele quem recebeu primeiro a notícia de que a menina seria recolhida pelo governo. “Na quarta-feira passada, avisaram a ele que Sofia seria pega. Ele foi buscá-la então na escola e ficou sem saber para onde ir. Eu disse que ele a levasse para a embaixada brasileira.”
Nas redes sociais de seus parentes, é grande a movimentação em prol do retorno da mãe e da filha para o Brasil. Uma das mensagens diz: “Olinda vos espera! Garota criada com toda proteção dos pais vai para um primeiro mundo de m... Dá-lhe Brasil! cadê a proteção?”
A irmã de Vitória, Margareth Jesumary, que vive em São Paulo, diz que a legislação norueguesa prevê que a criança, assim que retida pelo governo, já seja dirigida diretamente a uma família. “O critério para levar uma criança de casa é totalmente deles. Depois os pais até podem recorrer para reaver a guarda da criança, mas o que tem acontecido é que elas não estão mais voltando para eles.”
Margareth está preparando uma carta para o senador Eduardo Suplicy (PT), pedindo sua intervenção no caso. “Vou explicar a situação. Agora, não é só uma questão de uma separação, é uma questão política, de negociação. Nossas leis são diferentes.”
Vitória não seria detida caso deixasse a embaixada, mas foi orientada juridicamente para permanecer no local ao lado de Sofia. O JC procurou o Itamaraty ontem por volta das 21h30, mas o órgão informou que não havia como falar sobre a situação por conta do horário da embaixada em Oslo, que estava fechada (era quase 1h da manhã no local).
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