Em votação simbólica realizada ontem em Luziânia (GO), a 60 km de Brasília, por ocasião do seu 4º congresso nacional, o PSOL indicou o senador Randolfe Rodrigues (AP) para ser o seu candidato a presidente da República no próximo ano.
Rodrigues derrotou numa prévia interna a ex-deputada federal Luciana Genro (RS), filha do governador do RS e candidato à reeleição Tarso Genro (PT).
O PSOL entendeu que não faria muito sentido Luciana ser candidata e não ter sequer o apoio do pai num dos mais importantes estados da federação.
Após a definição do seu nome, o senador disse que seu partido é o que tem “maior identificação” com a chamada “pauta das ruas” (alusão às manifestações populares do último mês de junho).
Os partidários de Luciana defendiam a realização de uma prévia para a escolha do candidato. A proposta foi colocada em votação e rejeitada 201 votos contra 186.
Diante da divisão do partido, o deputado federal Chico Alencar (RJ) chegou a ser sondado para ser o candidato do consenso, mas recusou.
“A pauta de transporte coletivo, de tarifa zero, de educação e da saúde, de mais investimento público, é a nossa pauta. Quem dialoga com as ruas somos nós”, afirmou”, disse o senador amapaense.
Ele frisou que se diferencia de Aécio Neves (PSDB) e de Eduardo Campos (PSB) porque ambos não defendem uma “ruptura” no modelo econômico ora em vigor.
“Não é aceitável que o único padrão de contenção da inflação seja a alta taxa de juros, a maior do planeta. Há 20 anos isso ocorre e tem representado estagnação e desemprego e ninguém apresenta alternativa a este modelo”, disse ele.
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