Fina ironia para a nova política
Na entrevista que concedeu, ontem, a Aldo Vilela, na JC News, o senador Armando Monteiro Neto, pré-candidato do PT ao Governo de Pernambuco, recorreu a uma ironia fina, embora mordaz, em alguns momentos, para irritar o governador Eduardo Campos (PSB).
Entre todos os petardos, o mais revelador foi à informação de que aproveitou as férias para reler a biografia de Getúlio Vargas. Durante o profundo mergulho na vida de Vargas, o trabalhista bateu o olho num dado curioso: a nova política.
Essa estória de nova política, pregada por Eduardo e que virou mote da sua campanha, aliás, é tão velha quanto os alicerces das pontes de Nassau sobre o Rio Capibaribe.
“A nova política, na verdade, vem de 1930 com o fim da política do café com leite (dobradinhas de São Paulo com Minas)”, disse Armando, dando em seguida uma tremenda gargalhada e atribuindo a “nova política” de Eduardo a apenas um slogan, uma retórica, que logo cairá no vazio.
Para irritar ainda mais o governador, com quem rompeu e se prepara para enfrentar o seu candidato na corrida ao Palácio das Princesas, o senador afirmou que quem trouxe novidades para a política brasileira foi o PT.
“O PT é, verdadeiramente, um partido que introduziu elementos novos para a política”, afirmou. Armando foi mais além e disse que no PT não existe caciquismo numa alusão ao governador, apontado como extremamente centralizador, conduzindo o partido e o seu governo com mão de ferro.
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