Correio Braziliense
A preocupação
com o tema é recorrente porque as estatísticas são alarmantes. O
acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame,
continua sendo a primeira causa de morte no Brasil e, se não mata, deixa
sequelas incapacitantes em muitos casos. O Ministério da Saúde estima
que ocorram 100 mil óbitos por ano em decorrência do problema. O alerta é
reforçado pela World Stroke Organization, uma organização mundial que
luta contra o AVC. Eles afirmam que um sexto da população mundial terá
um episódio vascular em algum momento da vida.
Para
Rubens Gagliardi, vice-presidente da Academia Brasileira de Neurologia,
uma das formas de reduzir os números é a prevenção dos fatores de
risco. “Ainda falta, no Brasil, uma campanha de conscientização para
mudar hábitos e evitar o AVC”, lamenta o médico. O desconhecimento dos
sintomas da doença também leva a complicações, já que o paciente, muitas
vezes, negligencia o mal que deve ser tratado tão logo dê sinais. “O
tratamento para desfazer o coágulo é indicado em, no máximo, quatro
horas e meia após o AVC. O ideal é que seja menos tempo que isso, já que
a resposta terapêutica é completamente diferente quando a medicação é
dada logo após os sintomas.” Para um atendimento imediato, no entanto, é
preciso reconhecer as manifestações do derrame, que podem ser
confundidas com a de outros males.
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