Por Bruna Serra
Desde
que o secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, foi citado no jornal O
Globo como o escolhido do governador Eduardo Campos (PSB) para a
sucessão estadual, os conflitos internos no PSB se acentuaram.
Isso
porque uma ala do partido resiste ao nome do secretário, que ao longo
de sua trajetória esteve mais ligado ao PT do que ao próprio PSB, uma
vez que militou ao lado do senador petista Humberto Costa e o deputado
federal Paulo Rubem Santiago, que trocou o PT pelo PDT.
Diante
de tal cenário, o governador – que vinha controlando os ímpetos de seus
subordinados – teve que tomar com mais força as rédeas do processo.
Irritado,
Eduardo formou uma comissão de três socialistas que estão com a missão
de convencer os colegas de que fazer a vontade do governador (ou seja,
apoiar a indicação de Tadeu) é a melhor – senão a única – opção. O
prefeito Geraldo Julio, o secretário de Governo da prefeitura, Sileno
Guedes, e o deputado estadual Aluísio Lessa estão com a missão de
unificar a legenda em favor de Tadeu Alencar.
A
ordem é começar pelas legendas aliadas. Convencer os partidos que
orbitam em torno do PSB que o secretário de Casa Civil é o melhor nome,
devido a seu traquejo político e sua proximidade com Eduardo.
Em seguida, o trio começa a conversar com o grupo de “rebeldes” do próprio PSB.
A
ala encabeçada por Adilson Gomes, José Patriota, Thiago Norões, Antônio
Figueira e Djalmo Leão defende os nomes de Danilo Cabral, Fernando
Bezerra Coelho, João Lyra e Paulo Câmara.
Por
outro lado, os diversos grupos que defendem uma candidatura de unidade
resolveram adotar como estratégia o silêncio, até que seja oficializado o
nome do escolhido, temendo represálias como o não engajamento do
governador em suas campanhas proporcionais.
Aluísio
Lessa vinha defendendo o nome de Paulo Câmara e, com sua entrada na
comissão, foi forçado a mudar de lado, temendo que sua reeleição para
deputado estadual sofra com a falta de empenho do líder.
Na
nota publicada na quinta-feira (16), o colunista de O Globo Ilimar
Franco afirma que será na segunda (20) o anúncio do nome de Tadeu
Alencar como o candidato a governador da Frente Popular. A expectativa
nos bastidores é de que o final de semana seja de intensas
movimentações.
Ficou pactuado que
Eduardo apenas entrará em cena quando estiver acatado internamente o
nome do secretário da Casa Civil. Tadeu foi procurado durante toda tarde
de ontem para falar da sucessão, mas não atendeu o JC.
Nenhum comentário:
Postar um comentário