quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Minha Casa Minha Vida em alta em Pernambuco

Programa movimentou mais de R$ 3 bilhões em vendas em 2013 e este ano tendência de crescimento se acentua

Detalhe da área de lazer do Clube Vila do Mar, no Janga / Divulgação

Detalhe da área de lazer do Clube Vila do Mar, no Janga



Quem está à procura de imóveis desde o ano passado deve ter percebido como aumentaram as ofertas de residenciais enquadrados no Minha Casa, Minha Vida. Os números da Caixa Econômica, principal operadora do programa federal, mostram que houve aumento de 45,5% na quantidade de unidades com esse perfil em Pernambuco, considerando somente os números de janeiro a novembro de 2013, comparados ao mesmo período de 2012. E este ano deve continuar com essa tendência: somente em três empreendimentos com lançamento nos próximos meses serão mais de mil unidades. 
Como o MCMV atende famílias com renda bruta mensal de até R$ 5 mil, os imóveis são populares e, para se manter dentro do preço, as construtoras oferecem unidades compactas em terrenos maiores e preços mais acessíveis, geralmente localizados na Região Metropolitana do Recife.
Dentre as opções que estão sendo lançadas no mercado neste semestre estão dois empreendimentos da VL Construtora. O Clube Vila Verde, em São Lourenço da Mata, está com vendas marcadas para começar em maio ou junho. O Clube Vila do Mar, no Janga, tem lançamento marcado para 1º de fevereiro. E a construtora já começou a vender o Residencial Vila Nova, também em São Lourenço. Com valores entre R$ 98 mil e R$ 110 mil (incluindo taxas extras como registro), os empreendimentos têm características semelhantes: dois quartos, áreas entre 43 e 45 metros quadrados e espaço de lazer.
Esse perfil também é encontrado no próximo lançamento da Nacional Empreendimentos, que em março vai abrir as vendas do Reserva Palmeiras, nova etapa do Reserva Atlântica, em São Lourenço da Mata. Serão 336 unidades, com preços em torno de R$ 120 mil. Até o fim do ano, a construtora deverá lançar outra fase do projeto, que, no total, terá duas mil unidades.
Outra tendência que deve continuar este ano no MCMV é a de empreendimentos com centenas ou até milhares de unidades, como o Reserva Atlântica. A VL, por exemplo, reuniu 150 apartamentos nos oito projetos enquadrados no programa que a empresa lançou até o ano passado. Nesses três citados aqui, serão 728. 
“Bons empreendimentos, com boas localizações e facilidades de pagamento do governo federal favorecem esse segmento”, avalia o diretor da VL Construtora, Luiz Augusto Taboas. O diretor da Nacional, Gustavo Pinto Coelho, acredita que a expectativa é que esse tipo de moradia fique cada vez mais acessível, considerando que o programa deve se estender pelo menos até 2017.
Enquadramento - As faixas comerciais do MCMV são a 2 e a 3 – a 1 é destinada a habitações de interesse social, com inscrições através de prefeituras e entidades filantrópicas, focado principalmente no interior do Estado. Para se enquadrar nas faixas 2 e 3, as famílias precisam ter renda mensal bruta de até R$ 5 mil e, de acordo com a renda, recebe subsídios de até R$ 17.960 no valor do imóvel.
Em Pernambuco, os financiamentos para esses dois grupos viabilizaram 44.513 imóveis de janeiro a novembro de 2013, movimentando mais de R$ 3 bilhões no mercado. “Antes, as construtoras tinham dificuldade de lançar um empreendimento popular porque o mercado não absorvia por causa da renda baixa do crédito escasso. Agora, com as condições do MCMV, isso é possível”, analisa Pinto Coelho.

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