sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

PT prioriza retomada da Comissão de Direitos Humanos

















Hylda Cavalcanti
Rede Brasil Atual

Foi dada a largada na Câmara dos Deputados para as articulações com vistas à presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Casa. O colegiado causou muitas polêmicas no ano passado depois que passou a ser controlado pelo PSC. A legenda indicou o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para presidi-lo. Convencidos de que se trata de um espaço político importante, os parlamentares do PT marcaram uma reunião para o próximo dia 3 de fevereiro – quando serão iniciados os trabalhos legislativos – para tratar do assunto.

A ideia é discutir quais comissões técnicas da Câmara o partido topa negociar de forma a ter de volta a presidência da CDHM ou, então, garantir ao menos que a presidência fique com algum deputado mais afinado com a causa, numa operação que possa garantir o andamento dos trabalhos suspensos durante a mudança de gestão.

Na prática, a negociação passa pela rediscussão dos acordos fechados em 2013, quando a legenda abriu mão da presidência e da vice da CDHM para ficar com a comissão de Seguridade Social e Família, também tida como estratégicas diante da pauta de votações previstas no Congresso.

Nessa engenharia de remanejamentos, coube ao PT, além de Seguridade Social e Família, as presidências das comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Relações Exteriores – duas das mais importantes da Casa. Muito provavelmente, este ano a Comissão de Seguridade será trocada pela de Direitos Humanos ou, então, esta ficará nas mãos de uma sigla aliada, com garantia de bom número de petistas entre os integrantes.

O deputado Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT-SP), indicado para assumir em fevereiro a liderança do PT na Câmara, diz não ver como a bancada não retomar a comissão de Direitos Humanos, "porque é consenso, entre os deputados a importância disso para o partido, até mesmo pela sua história".

Vicentinho reconheceu que pode acontecer de a presidência não ficar com um parlamentar da legenda, mas, o mais importante é que o colegiado volte a atuar normalmente e que seja negociado para que no comando esteja um parlamentar com história de comprometimento com a área – casos de Manuela D'ávila (PCdoB-RS), Luiza Erundina (PSB-SP) e Domingos Dutra (Solidariedade-MA)
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