quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Três vereadores de Caruaru são considerados foragidos. Um deles se escondeu no matagal para despistar policiais

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Três dos cinco vereadores com mandado de prisão expedido pela 4ª Vara Criminal do município ainda não foram localizados pela Polícia Civil. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (30), o delegado Erick Lessa explicou que os vereadores são investigados por suspeita de corrupção ativa, passiva e organização criminosa.
Segundo o delegado, os vereadores Evandro Silva, Neto e Val de Cachoeira Seca pagaram aos vereadores Val das Rendeiras e Jadiel Nascimento para que eles assinassem o requerimento para abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que iria investigar possíveis irregularidades apontadas em relatório da Controladoria-Geral da União (CGU).
A Operação Ponto Final 2 contou com a participação de 30 policiais civis e todo o processo de investigação, segundo o delegado Erick Lessa, foi iniciado em setembro do ano passado para apurar denúncias de “compra e venda de assinaturas para abertura de CPI”. Lessa ainda afirmou que apesar dos vereadores Neto, Val e Jadiel Nascimento estarem foragidos, os advogados deles já tomaram conhecimento do inquérito policial.
Dois vereadores foram presos na tarde desta quarta-feira (29) após o início da Operação Ponto Final 2. Evandro Silva (PMDB) e Val das Rendeiras (PROS) foram presos e encaminhados à Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru. Policiais permanecem em diligências para prender os outros três legisladores, são eles: Val (DEM), Neto (PMN) e Jadiel Nascimento (PROS), todos já considerados foragidos pela polícia.
De acordo com o delegado Erich Lessa, o vereador Val de Cachoeira Seca (DEM) não conseguiu ser preso porque se escondeu em um matagal. “Ele se embrenhou no mato e os policiais não conseguiram capturar”, disse. Populares também teriam danificado o veículo do vereador após descobrirem do que se tratava.
Todos os cinco vereadores já haviam sido presos e liberados durante investigações da primeira Operação Ponto Final, deflagrada no início da manhã do dia 18 de dezembro do ano passado. Ao todo, eles e outros cinco parlamentares da Capital do Agreste foram presos por suspeita de concussão, corrupção passiva e organização criminosa. Os parlamentares estariam exigindo ao prefeito José Queiroz (PDT) o valor de R$ 2 milhões, para aprovação do projeto do BRT (Bus Rapid Transit), orçado em R$ 250 milhões.

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