quarta-feira, 19 de março de 2014

Alves pode se lançar ao Governo do Rio Grande do Norte


Agência Estado.

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), articula o lançamento de sua candidatura ao Governo do Rio Grande do Norte em um movimento diretamente contrário aos interesses eleitorais da presidente Dilma Rousseff (PT). Primeiro porque torna "natural" a candidatura do líder do partido na Casa, Eduardo Cunha (RJ), à sua sucessão. Segundo porque na montagem de sua chapa regional, Alves excluiu o Partido dos Trabalhadores e abrigou nela legendas de oposição, o que pode abrir espaço para que ele seja, também, o candidato de Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).

O peemedebista, que já admite a interlocutores a pré-candidatura, disse ontem (17) sofrer pressões para que se lance. "Há uma pressão muito forte das bases do partido e também de possíveis aliados", afirmou.

Diante dos baixíssimos índices de popularidade da governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEM), Henrique Alves vinha montando no estado uma grande coalizão de siglas da oposição. A ideia inicial era reeditar a aliança nacional com o PT, mas o diretório local do partido de Dilma Rousseff não aceitou ter na mesma chapa siglas como o PSDB e o PSB, adversários na disputa nacional.

Além de abrigar partidos de oposição na sua chapa, a eventual eleição de Alves para o Poder Executivo abrirá espaço para que o líder da bancada na Casa, Eduardo Cunha, desafeto de Dilma, lance seu nome à sua sucessão na presidência da Câmara Federal. Eleito no ano passado, Alves era tido como candidato certo à reeleição, mas diante das estimativas de que o PT ampliará a vantagem sobre o PMDB em número de deputados nas próximas eleições, os dois partidos já duelam nos bastidores pelo cargo.

Adversário - O vice-presidente da Câmara dos Deputados, André Vargas (PT-PR), busca se viabilizar como alternativa à uma possível candidatura de Eduardo Cunha. Tradicionalmente, o partido que faz a maior bancada no Legislativo costuma indicar o presidente, mas desde 2007, PMDB e PT fizeram acordos para um rodízio no cargo, o que viabilizou a eleição de Alves. O acordo, porém, não se estende a 2015

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