domingo, 14 de junho de 2015

Diogo Moraes está envolvido na “farra das emendas parlamentares para shows”, aponta TCE


Emenda de Diogo Moraes bancou show de Garota Safada em vaquejada organizada por deputado correligionário, segundo o Tribunal de Contas do Estado
Show teria acontecido na cidade de Água Preta e serviu para promoção eleitoral de João Fernando Coutinho

O deputado estadual Diogo Moraes (PSB) está sendo citado em investigações sobre a “farra das emendas parlamentares para shows”, descoberta pela equipe técnica do Tribunal de Contas de Pernambuco. Os detalhes sobre o relatório foram destacados em reportagem do Jornal do Commercio, neste domingo (07).

Segundo o TCE, quase R$ 25 milhões em emendas apresentadas por deputados estaduais pernambucanos foram destinadas a shows que serviram para promoção pessoal no ano eleitoral de 2014, entre os meses de janeiro e junho.

Entre os “achados” da equipe técnica do Tribunal está a emenda parlamentar 269/2013, de autoria de Diogo Moraes, no valor de R$ 150 mil, que serviu para pagar um show da Banda Garota Safada na 10ª Vaquejada dos Amigos, realizada na Fazenda Santa Helena, na cidade de Água Preta.

O evento foi organizado pelo na época deputado estadual, hoje na Câmara Federal, João Fernando Coutinho (PSB), à época primeiro secretário da ALEPE, cargo hoje ocupado por Diogo. A Fazenda Santa Helena, onde aconteceu o show, é de propriedade da família do prefeito Eduardo Coutinho.

O cartaz de divulgação da vaquejada
promove o nome do deputado João Fernando
De acordo com as investigações do TCE, a vaquejada teria servido para promoção pessoal, com objetivo de impulsionar o nome do deputado João Fernando Coutinho, que meses depois foi candidato a deputado federal. O nome do deputado aparece no material de divulgação da festa e foi citado constantemente pelos apresentadores do evento.

Outros três shows no valor de R$ 95 mil foram pagos com emendas de outros deputados.

Empetur diz que não houve ilegalidade

Nos autos do relatório do TCE, a Empetur, órgão estadual vinculado a Secretaria de Turismo, defende que não houve ilegalidade quanto às aparições de deputados e prefeitos em eventos bancados com recursos públicos.

O órgão argumenta que a Constituição autoriza a propagação de conteúdo informativo, educativo, e de orientação social, vedado à veiculação da imagem do agente através da inclusão do seu nome e símbolos que promovam o enaltecimento pessoal de sua autoridade.

“A divulgação do trabalho do administrador público não caracteriza a promoção pessoal, o cumprimento as autoridades presentes também não”, defende.

Informações do blog de Ney Lima

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