terça-feira, 15 de agosto de 2017

Comissão aprova que candidato dispute mais de um cargo na mesma eleição



Proposta faz parte do pacote da reforma política, que segue para votação em plenário


JC Online e Agência Câmara Notícias



   Reforma política também cria fundo bilionário para campanhas e adota novo sistema de votação

Além da aprovar o distritão e o Fundo Especial de Financiamento da Democracia, a Comissão Especial da reforma política assegurou aos candidatos políticos, nesta terça-feira (15), a possibilidade de concorrerem a mais de um cargo na mesma eleição. Com a conclusão na comissão, o texto base segue agora para votação no plenário, e, segundo o presidente da Câmara, deve entrar na pauta até o fim deste mês.



Foi mantido no texto a possibilidade de, se adotado o sistema distrital misto em 2022, um candidato disputar mais de um cargo no mesmo pleito – um cargo majoritário e outro proporcional, por meio das listas preordenadas.


Com o sistema distrital misto, metade das vagas será ocupada por eleitos por meio de listas fechadas, elaboradas previamente pelos partidos, e a outra metade é definida pelo voto majoritário em distritos menores que os atuais estados. O sistema vale para deputados estaduais e federais, além de vereadores.


Conheça ponto a ponto a reforma política:"Distritão"

Cada estado ou município vira um distrito eleitoral e são eleitos os candidatos mais votados dentro do distrito.


Sistema Distrital Misto

A partir de 2022, o "distritão" sai de cena e dá lugar ao sistema distrital misto. Metade dos parlamentares serão eleitos de forma majoritária e a outra metade com base numa lista partidária.


A regra de hoje

Partidos podem formar coligações e elegem os candidatos com base nos quocientes eleitoral e partidário.


Fundo de Campanha

Sem as doações eleitorais, as legendas contarão com duas fontes de recursos: o Fundo Partidário e o Fundo Especial de Financiamento da Democracia, esse corresponde a 0,5% da receita líquida e deve injetar, dos cofres públicos, R$ 3,6 bilhões nas campanhas eleitorais.


Cargos de vice e suplentes

Continuam sema alterações.


Posses

6 de janeiro: governadores e prefeitos;7 de janeiro: presidente da República;1º de fevereiro: deputados e vereadores.


STF

Em comissão, também ficou decidido limitar a um mandato de dez anos o tempo de permanência dos magistrados indicados politicamente para atuar em tribunais superiores, como o Supremo Tribunal Federal (STF), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Tribunal de Contas da União (TCU). Atualmente, os magistrados permanecem nos cargos até a aposentadoria, aos 75 anos.


Outras duas comissões da Câmara ainda analisam outras propostas de mudanças no sistema eleitoral


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