quinta-feira, 7 de junho de 2018

Homem que desviava água para encher carros-pipa é preso



TV Jornal   


A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) identificou uma ligação clandestina responsável por desviar água em uma residência no município de Bezerros, no Agreste de Pernambuco. Após uma denúncia anônima, equipes da Compesa e da Polícia Civil foram até o local, localizada na Avenida Major Aprígio da Fonseca, às margens da BR-232. O responsável pela casa, de aproximadamente 55 anos, foi preso nesta quinta-feira (7) e liberado após pagamento de fiança. 


Segundo a Compesa, a água era desviada e utilizada para encher carros-pipa que eram comercializados. Os técnicos da companhia acreditam que estava sendo desviado, em média, um volume de 72 metros cúbicos de água por dia, o que permitia, a retirada de oito carros-pipa diariamente, totalizando 192 caminhões, por mês. A estimativa é que a prática tenha causando um prejuízo de mais de R$ 200 mil em dois anos.


Ligação clandestina

Para armazenar toda a água vendida em carro-pipa, ele fez um desvio entre duas ligações residenciais, retirando a água antes da chegada do hidrômetro do vizinho, que nunca desconfiou da irregularidade. No cadastro da companhia, o cliente pagava apenas a tarifa mínima, por um consumo de 10 mil litros de água por mês, que é de R$ 41,39. Mas ao verificar o imóvel, foi constatado que o morador possuía piscina, além de reservatório elevado e inferior, que juntos, acumulavam 56 mil litros de água. “Esse volume armazenado era incompatível com o consumo registrado no hidrômetro do imóvel”, afirmou o coordenador da Compesa, João Paulo Alencastro, destacando que o infrator pagava religiosamente a conta de água.


Inicialmente, o morador não confirmou as suspeitas dos técnicos da Compesa. No entanto, quando foi iniciado o processo de escavação para comprovar o flagrante, junto com o delegado de Bezerros, Humberto Pimentel, ele acabou confessando o crime e explicando como era desenvolvida a sua estratégia irregular de comercialização de água produzida pela companhia. “Lembramos que o furto de água prejudica o abastecimento de toda uma área, penalizando os clientes que pagam a conta”, finalizou João Paulo Alencastro.


Pagou fiança

O infrator, que é proprietário de carros-pipa, cobrava entre R$ 100 e R$ 150 por cada viagem. Ele foi liberado após o pagamento da fiança de R$ 10 mil. Além das providências jurídicas, a Compesa dará andamento às medidas administrativas com a cobrança de multa referente ao consumo não contabilizado, conforme determina o Regulamento Geral de Fornecimento de Água e Coleta de Esgoto


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