quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Acordo sacana entre PT e PSB rifa Marilia da disputa em PE

Foto: reprodução do vídeo

Marília Arraes rifada da disputa em Pernambuco. Executiva Nacional do PT aceita aliança com PSB de Paulo Câmara

jamildo

Fontes locais do PT informaram, nesta manha de quarta-feira, que o partido local já foi informado que a candidatura da vereadora Marília Arraes foi rifada.

Nesta quarta-feira, em Brasília, a Executiva Nacional do PT aceitou a realização de uma aliança com o PSB, de Paulo Câmara e Geraldo Júlio.

O comando do partido aceitou como entendimento entre os dois partidos a tese da neutralidade do PSB nestas eleições.

O PT havia exigido que o PSB nacionalmente aceitasse uma aliança com o PT de Lula, mas as divisões internas do partido, em favor de Ciro Gomes, em alguns estados, impediu a união. Aqui, Paulo Câmara defendia o voto em Lula. Em São Paulo, o governador Márcio Franca pedia a neutralidade, facilitando que as costuras estaduais.

“A decisão já foi tomada pela Executiva Nacional. Estamos esperando apenas a resolução (formal neste sentido)”, informa uma fonte do blog.

Luciana Santos na vice de Paulo Câmara, no mesmo acordo com PT Nacional

Nestas negociações entre o PT e o PSB, o PC do B de Luciana Santos também jogaria um papel relevante, indicada para o cargo de vice na chapa de Paulo Câmara.

Não se trata de ação isolada. No plano nacional, defendendo a mesma tese da neutralidade, o PC do B retiraria a candidatura da comunista Manuela Dávila e a indicaria como vice na chapa do PT.

Deste maneira, o PT trabalha para isolar Ciro Gomes, do PDT. Com as pesquisas internas indicando que um candidato do PT indicado e apoido por Lula teria mais votos, de partida, do que o nome de Ciro Gomes, o PT Nacional resiste a abrir mão da cabeça de chapa para o presidenciável de Carlos Lupi.

A decisão da Executiva Nacional ocorre um dia antes que o partido em Pernambuco realizaria sua convenção, justamente para definir os rumos possíveis.

Movimento já esperado

Não se trata de exatamente uma novidade, pois o movimento do PT nacional era esperado.

Na segunda-feira, em São Paulo, dirigentes do PT disseram, durante reunião do Conselho Consultivo do partido, que os petistas não negociam mais uma coligação nacional com o PSB.

O objetivo do PT, agora, era evitar que o PSB se alie formalmente a Ciro Gomes (PDT), e liberasse suas lideranças estaduais para apoiar o candidato a presidente que considerem melhor.

A negociação passava por acordos entre PT e PSB em Pernambuco e Minas Gerais. Em Pernambuco, o PT forçaria justamente a saída de sua pré-candidata, a vereadora Marília Arraes, abrindo caminho para a candidatura à reeleição do governador Paulo Câmara (PSB). Em Minas, seria o inverso.

O ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB) abandonaria a disputa, em favor do petista Fernando Pimentel, que concorre à reeleição.

O PT já havia adido duas vezes o encontro nacional que iria definir a posição do partido em Pernambuco em nome das negociações com o PSB.

Segundo petistas pernambucanos, Marília Arraes teria hoje a maioria do diretório estadual.

No domingo, o PSB vai decidir entre uma coligação com os petistas, apoio a Ciro Gomes ou liberar as lideranças estaduais. O governador de São Paulo, Márcio França (PSB), defende uma candidatura própria, mesmo que seja para perder a eleição. França não quer abrir mão do tempo do partido no horário eleitoral da TV, mas é minoria.

“Não discuti isso (acordo regional envolvendo Lacerda) com ninguém. O PT condicionou a retirada da Marília a um acordo nacional”, afirmou Carlos Siqueira, presidente do PSB, no começo da semana, no Estadão.

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