Em 2015, José Bernadino da Silva Filho foi encontrado morto em seu apartamento, na Boa Vista, nu e com os pés amarrados
: Redação OP9
Depois de erros em perícias da polícia e várias dúvidas quanto à morte do professor José Bernadino da Silva Filho, conhecido como Betinho do Agnes, em 2015, a Justiça inocentou o adolescente, à época com 17 anos, suspeito de ter cometido o crime. A decisão teria sido tomada porque a participação dele no homicídio não ficou comprovada. Ele não terá o nome divulgado porque era menor de idade e o processo corre em sigilo.
O adolescente foi indiciado pela Polícia Civil com base em supostos fragmentos de digitais encontrados na cena do homicídio e no ferro elétrico e fio do ventilador usados para matar Betinho. No entanto, durante o curso do processo outros laudos demonstraram que as digitais seriam da própria vítima. O professor foi encontrado morto em seu apartamento, na Boa Vista, nu e com os pés amarrados.
Professor José Bernadino da Silva Filho, conhecido como Betinho do Agnes, foi morto com ferro elétrico e fio do ventilador. Foto: Reprodução/Arquivo pessoal
De acordo com a advogada do então adolescente, Roselayne Souza, o adolescente foi levado para cena do crime pela polícia de maneira errada. “Houve negligência, precipitação e muita maldade estatal perante os peritos do Instituto Tavares Buril quando o levaram para cena do crime. Desde o início a defesa contestou o laudo da polícia”, afirmou.
Segundo Roselayne, as supostas impressões digitais foram a única prova a presentada. “Nenhuma testemunha foi capaz de identificar os dois (o adolescente e o estudante Ademário Dantas, este também acusado) como estando na cena do crime. Houve quebra do sigilo e nenhuma das informações mostraram que eles estiveram na localidade dias antes, durante ou depois do crime. As imagens do Edifício Modulo nunca demonstraram que eles lá estiveram”, acrescentou a advogada.
Para ela, a absolvição do adolescente pode abrir um precedente para inocentar Ademário. De acordo com ela, o caso está concluso para sentença há um ano e o próprio Ministério Público de Pernambuco já pediu a absolvição sumária dele por falta de provas conclusivas.
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