quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Pastor acusado de maus-tratos em casa de acolhimento é preso

Abusos aconteceriam em casa de acolhimento para usuários de drogas mantida por ele sem autorização. Na terça (15), em entrevista à TV Clube, pastor disse que nunca agrediu jovens

A Polícia Civil prendeu, nesta quarta-feira (16), no Cabo de Santo Agostinho, o pastor evangélico Edy de Jesus, acusado de cometer violência física e psicológica contra nove mulheres e três crianças. A prisão do suspeito é temporária. Eddy foi ouvido na delegacia, encaminhado para o exame no IML e seguiu para o Cotel, em Abreu e Lima.

Os maus-tratos aconteceriam em uma casa de acolhimento para usuários de drogas mantida por ele sem autorização. No local, as vítimas eram colocadas acorrentadas dentro de um quarto escuro, sem comer nem beber por cerca de três dias. Segundo o Conselho Tutelar da cidade, a violência não parava aí. Para impor medo a elas, em caso de desobediência de ordens, cobras seriam colocadas dentro da sala.

Uma das vítimas de 22 anos morava na casa com os dois filhos, de 3 e 5 anos, e irmã, de 20, e relata uma rotina de medo e terror. “Ele batia na gente com mangueira, nos jogava no chão, dava socos e pontapés e só parava quando via o sangue sair. Até meus filhos ele já agrediu. Brigava com a gente até por um pedaço de jaca. Ele é um psicopata”, conta a jovem.

Na terça (15), em entrevista à TV Clube, Edy, cujo nome verdadeiro é Edson Alberto Queiroz da Silva, disse que nunca agrediu as jovens. “Nós funcionamos há quatro anos nessa casa. Não temos auxílio de governo, nem de prefeitura, é uma casa inteiramente grátis. A ajuda vem de pessoas de bom coração que realizam doações. Nunca houve agressão, isso é proibido nesta casa. Nenhuma delas nunca foi ameaçada, essa história de quarto das cobras não existe. Um dia apareceram duas cobras lá porque o espaço fica perto da mata. Então, as meninas apelidaram de quarto das cobras”, afirmou

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